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Saúde

Estar acima do peso reduz risco de Mal de Azheimer

Estudo comprovou cientificamente com precisão. Médicos dizem que é desculpa para engordar.

Fonte: Guiame, com informações de TerraAtualizado: sexta-feira, 10 de abril de 2015 às 12:52
Peso
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Uma equipe de cientistas da empresa Oxin Epidemiology e da universidade London School of Hygiene and Tropical Medicine, concluiu que, pessoas acima do peso, correm risco menor de sofrerem de Mal de Alzheimer. Segundo o estudo, esse foi o maior e mais precisa investigação sobre essa relação.

Os responsáveis pela pesquisa ficaram surpresos com a descoberta, que vai contra a corrente atual dos aconselhamentos da medicina.

Dois milhões de britânicos foram analisados e análise publicada pela revista médica Lancet Diabetes & Endocrinology, onde mostrou que pessoas abaixo do peso correm um risco maior de desenvolver a doença.

Ainda assim, as organizações dedicadas ao tratamento da demência aconselham que é preciso se exercitar, ter uma dieta balanceada e não fumar.

A demência é uma das questões que gera maior pressão sobre a medicina moderna. O número total de pacientes no mundo pode triplicar e chegar a 135 milhões em 2050.

Atualmente não há cura para a doença. Os médicos aconselham que se mantenha um estilo de vida saudável para tentar diminuir o risco de desenvolvê-la. Mas essa recomendação pode estar equivocada.

Em 20 anos, foram analisados registros médicos de 1,9 milhão de pessoas com cerca de 55 anos. 

A análise mais conservadora feita pelos pesquisadores diz que pessoas abaixo do peso têm um risco 39% maior de desenvolver demência em relação àqueles que estão com um peso saudável.

Mas aqueles que estavam com sobrepeso tiveram uma taxa de redução de risco de 18%. Nos obesos, o percentual foi de 24%.

"Sim, isso é uma surpresa", disse o pesquisador Nawab Qizilbash.

"O lado controverso é a constatação de que pessoas acima do peso ou obesas têm um risco menor de desenvolver demência que uma pessoa normal, com um índice de massa corporal sudável."

"Isso vai de encontro à maioria, senão a todos os (resultados de) estudos que foram feitos, mas se você compará-los todos juntos, nosso estudo os supera em termos de tamanho e precisão", disse ele.

Ainda não há explicação de como o maior peso tem um efeito protetor em relação à demência ainda não está totalmente clara. Há algumas teorias de que deficiências das vitaminas D e E contribuem para a demência – e essas deficiências são menos comuns para quem come mais.

Segundo Qizilbash, o resultado da pesquisa não deve ser encarado como uma desculpa para engordar alguns quilos.

"Você não pode virar as costas e pensar que não tem problema ficar acima do peso ou obeso. Mesmo que haja esse efeito protetor, você pode não viver o suficiente para se beneficiar dele", disse ele.

Segundo teorias, proteção para obesos estaria relacionada a deficiência de vitamina D e E

Doença cardíaca, infarto, diabete, alguns cânceres e outras doenças estão todas ligadas à gordura na região do abdome.

"Essas novas descobertas são interessantes na medida em que parecem contrariar estudos anteriores ligando obesidade a risco de demência", disse Simon Ridley, um pesquisador britânico de Alzheimer.

"O resultado levanta dúvidas sobre as ligações entre peso e risco de demência. Claramente mais pesquisas são necessárias para entender isso completamente."

De acordo com a Sociedade de Alzheimer disse que "a diferença de conclusões (nos estudos) ressalta a dificuldade de conduzir estudos sobre riscos de demência relacionados a complexos estilos de vida".

 

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