Uma vila ornamentada do século I com seu próprio banho ritual foi descoberta em meio às escavações para a instalação de elevadores na Cidade Velha. As informações foram divulgadas por arqueólogos da Universidade Hebraica de Jerusalém.
A vila está localizada a poucos passos de onde ficavam os templos judaicos bíblicos.
A casa de banho ritual foi encontrada dentro de uma vila privada típica do período herodiano, segundo os arqueólogos. As ruínas estão localizadas no topo de um penhasco na “Cidade Alta", área que abrigava as elites de Jerusalém no tempo da dinastia de Herodes.
Outros artefatos também foram encontrados, como uma lâmpada de cerâmica contendo a inscrição cristã “a luz de Cristo brilha para todos”, uma cisterna, construída por soldados do Império Romano, usada até a destruição do Segundo Templo por Roma (70 d.C).
O arqueólogo Oren Gutfeld disse que ficou surpreso ao descobrir vestígios da reconstrução como a cidade romana de Aelia Capitolina no século II.
Acessibilidade a visitantes
Lugar mais sagrado para as três principais religiões monoteístas – cristianismo, islamismo e judaísmo –, o Muro das Lamentações recebe milhões de fiéis e turistas todos os anos.
Para chegar ao local, a partir do Bairro Judeu adjacente, os visitantes normalmente precisam descer 142 degraus ou fazer um longo desvio pelas muralhas da cidade até um dos portões próximos.
O projeto dos elevadores visa aumentar o acesso de pessoas com deficiência ao Muro das Lamentações.
Em 2017, a Empresa de Reconstrução e Desenvolvimento do Bairro Judeu foi autorizada a iniciar a construir dois elevadores para permitir que os visitantes fizessem a descida de 26 metros com maior facilidade. A localização era uma faixa estreita de encosta em grande parte subdesenvolvida, adjacente à escada existente na borda leste do Bairro Judeu.
"O Muro das Lamentações não é um privilégio, é elementar para um judeu ou para qualquer pessoa de todo o mundo que queira vir a este lugar sagrado", disse Herzl Ben Ari, CEO do grupo de desenvolvimento. "Temos que habilitá-lo para todos."
No entanto, como projetos de desenvolvimento modernos em outras cidades antigas, como Istambul, Roma e Atenas, os achados arqueológicos retardaram o progresso.
"Este terreno onde o elevador será construído permaneceu intacto, dando-nos a grande oportunidade de cavar todos os estratos, todas as camadas da antiga Jerusalém", disse Michal Haber, arqueólogo da Universidade Hebraica de Jerusalém.
Cinco anos após o início do empreendimento, o trabalho arqueológico está em fase de conclusão, mas os elevadores só devem ser colocados em operação em 2025.
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