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Ministro de Segurança de Israel visita Monte do Templo e provoca crítica internacional

“Os judeus também vão subir ao Monte do Templo”, declarou Itamar Ben-Gvir, após a repercussão de sua visita.

Fonte: Guiame, com informações de The Jerusalem Post e Conexão Política BrasilAtualizado: quarta-feira, 4 de janeiro de 2023 às 18:44
A visita de Itamar Ben-Gvir foi condenada por vários países, incluindo o Brasil. (Foto: Reprodução/Twitter/Christiane Amanpour/CNN).
A visita de Itamar Ben-Gvir foi condenada por vários países, incluindo o Brasil. (Foto: Reprodução/Twitter/Christiane Amanpour/CNN).

O Ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, visitou o Monte do Templo em Jerusalém, na terça-feira (3), e provocou crítica internacional. 

Sagrado para o islã e judaísmo, apenas muçulmanos têm permissão para adorar no Monte.  

A visita de Itamar ao local foi condenada pelos Estados Unidos, criando uma crise diplomática com o novo governo israelense de Benjamin Netanyahu.

“Os Estados Unidos defendem firmemente a preservação do status quo histórico com relação aos locais sagrados em Jerusalém. Opomo-nos a quaisquer ações unilaterais que enfraqueçam o status quo histórico. Eles são inaceitáveis”, declarou o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price.

O porta-voz destacou que o governo Biden espera que o primeiro-ministro Netanyahu mantenha o status-quo dos lugares sagrados em Jerusalém, para evitar o aumento da tensão.

Os Emirados Árabes Unidos também condenaram a visita de Ben-Gvir, ressaltando “a necessidade de fornecer proteção total à Mesquita de al-Aqsa e interromper violações graves e provocativas que ocorrem lá”. 

A nação pediu a Israel “que assuma a responsabilidade de reduzir a escalada e a instabilidade na região”.

Governo brasileiro critica visita

O Brasil, sob os primeiros dias do governo Lula, também criticou a atitude do ministro israelense em nota oficial, onde afirmou acompanhar a visita de Itamar "com grande preocupação".

"Ações que, por sua própria natureza, incitam à alteração do status de lugares sagrados em Jerusalém constituem violação do dever de zelar pelo entendimento mútuo, pela tolerância e pela paz", disse o comunicado.

França, Grã-Bretanha e a União Europeia também emitiram condenações, assim como Egito, Bahrein, Turquia e Catar.

Já a Jordânia e a Autoridade Palestina solicitaram uma reunião no Conselho de Segurança da ONU para tratar o assunto.

Em meio a crise diplomática internacional, o gabinete do primeiro-ministro se manifestou, afirmando que Israel não violou o status quo do Monte do Templo, conforme o The Jerusalem Post.

“Netanyahu está comprometido em manter estritamente o status quo”, declarou o gabinete em resposta a um aviso anterior do Hamas de que a visita de Ben-Gvir seria considerada um ato de guerra.

E acrescentou: “Não seremos comandados pelo Hamas. Sob o status quo, os ministros subiram ao Monte do Templo nos últimos anos, incluindo o ministro da segurança pública Gilad Erdan. Portanto, a alegação de que uma mudança foi feita no status quo não tem fundamento”.

Defesa da adoração judaica no Monte do Templo

O primeiro-ministro Netanyahu garantiu que não permitirá a adoração de judeus no Monte do Templo e que a visita de Ben-Gvir não feriu o status quo. 

Com a repercussão de sua ida ao local sagrado, o ministro Itamar reafirmou seu apoio à soberania de Israel no Monte.

Junto com outros membros do novo governo conservador de Netanyahu, Ben-Gvir defende que o status quo seja alterado para que os judeus também possam adorar no local sagrado.

“Nosso governo não cederá às ameaças do Hamas. O Monte do Templo é o lugar mais importante para o povo de Israel. Mantemos a liberdade de movimento para muçulmanos, cristãos e judeus”, declarou o ministro.

E concluiu: “Os judeus também vão subir ao Monte do Templo, e aqueles que nos ameaçam devem ser tratados com mão de ferro”.

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