A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, não tem medo de dizer o que pensa sobre a postura das Nações Unidas com relação a Israel.
Nos últimos 18 meses, Haley criticou a organização abertamente por suas inclinações e preconceitos globalistas contra o Estado de Israel. Quando o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, a embaixadora desafiou a oposição maciça na Assembleia Geral da ONU.
"A América colocará nossa embaixada em Jerusalém. É isso que o povo norte-americano quer que façamos e é a coisa certa a fazer", disse ela em discurso na ONU. "Nenhum voto nas Nações Unidas fará qualquer diferença nisso".
Defensora de longa data das relações entre os EUA e Israel, Haley dirigiu-se à Cúpula dos Cristãos Unidos por Israel (CUFI) na última segunda-feira (23), onde foi também presenteada com o prêmio "Defensor de Israel", entregue pelo pastor John Hagee, líder da CUFI.
"A cada ano, a liderança da CUFI elege a única pessoa na América que mais acreditamos ter feito para defender e proteger Israel. Estamos muito satisfeitos e muito honrados em apresentar este prêmio à embaixadora Haley", disse o pastor Hagee enquanto a presenteava com uma placa de ouro.
Outro desafio de Haley na ONU veio quando ela votou contra uma resolução que condenava ferozmente as ações do exército israelense e se recusava a reconhecer as ações violentas do grupo terrorista palestino Hamas, durante um recente surto de violência na fronteira.
"Quando ouvi país após país no Conselho de Segurança da ONU criticando abertamente Israel, decidi falar. O que eu disse chocou as pessoas na ONU, mas vou dizer de novo porque é a verdade. Israel agiu com mais moderação do que qualquer outro país sob essas mesmas condições", explicou Haley na cúpula, segundo a CBN News.
E parece que sua posição pró-Israel começou a valer a pena, com muitos membros da Assembleia Geral da ONU começando a discutir a questão do Hamas e suas ações desumanas.
"A ideia de que poderíamos obter a maioria da Assembleia Geral pela primeira vez, até mesmo para reconhecer que o Hamas era um problema, é uma vitória fantástica", observou Haley.
A farsa do Conselho de Direitos Humanos
A ex-governadora da Carolina do Sul também falou sobre sua decisão de se retirar do Conselho de Direitos Humanos da ONU, um grupo ao qual ela se referiu como "um escoadouro de preconceito político".
"O Conselho de Direitos Humanos é uma farsa", declarou Haley. "O que dissemos é que há sérios abusos aos direitos humanos, seja na Venezuela, seja no Irã, onde estão protestando contra o seu regime, seja na Nicarágua, e [este Conselho] não está fazendo nada a respeito".
"A América será sempre a líder mundial na defesa dos Direitos Humanos, mas não faremos isso em um lugar onde se zomba dos ideais de direitos humanos que ela deve defender", acrescentou ela. "É muito importante para mim representar a verdade e a realidade na ONU, mesmo que isso incomode outros países".
Enquanto isso, Haley vai diminuir sua retórica? Provavelmente não. "Ficar em silêncio nunca foi algo em que eu fui boa", ela riu.
Haley também deu uma breve visão de sua intrigante jornada de fé. "Eu não sou judia, mesmo que isso surpreenda algumas pessoas", explicou ela. "Eu também não fui criada como cristã. Há vinte anos, minha jornada de fé me levou ao cristianismo, onde encontrei força em minha fé e confiança em meu coração".
"Mas também sou uma pessoa humilde em sua fé. Eu não pretendo ter a sabedoria do que Deus tem reservado para mim ou para outras pessoas", Haley continuou. "O que sei é que Deus abençoou a América com grandeza e bondade e sei que, no mundo perigoso em que vivemos, é absolutamente urgente que os Estados Unidos se levantem para dar cobertura aos nossos amigos".
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