China fecha igreja de 1.000 membros e troca fechadura para que os fiéis não entrem

Pastor foi obrigado a assinar termo em que reconhece que igreja pratica atividades ilegais.

Fonte: Guiame, com informações do Christian HeadlinesAtualizado: quarta-feira, 27 de março de 2019 às 15:02
Crentes são impedidos de entrar na igreja que teve fechaduras trocadas pelas autoridades chinesas. (Foto: Reprodução/Asia News)
Crentes são impedidos de entrar na igreja que teve fechaduras trocadas pelas autoridades chinesas. (Foto: Reprodução/Asia News)

O Partido Comunista Chinês acaba de fechar uma das maiores igrejas cristãs em Pequim. A Igreja Shouwang, que é bem conhecida e tem cerca de mil membros, aém de ter as portas fechadas teve todas as fechaduras trocadas para impedir que os membros retornassem ao prédio.

Uma atitude recente na China e que tem irritado as autoridades do regime comunista, é que os membros assumem a liderança da igreja para que ela não pare quando seus pastores são presos.

A Igreja Shouwang foi manchete em todo o mundo há cinco anos, quando enfrentou os líderes chineses e se recusou a se registrar no governo, como uma igreja oficial, autorizada. Por causa disso, seu pastor sênior, Jin Tian-ming, permanece em prisão domiciliar.

No último confronto, mais de 20 policiais chineses e autoridades do governo invadiram a escola bíblica de crianças no sábado (23) e disseram aos líderes da igreja que a congregação não poderia mais se reunir, de acordo com a International Christian Concern (ICC).

Autoridades chinesas também ordenaram que o pastor, Zhang Xiaofeng, líder da Igreja Shouwang assinasse um documento afirmando que a Igreja “realizou atividades como uma organização social sem registro, o que viola os Regulamentos de Assuntos e Regulamentos Religiosos sobre o Registro e Gestão de Organizações Sociais”.
Shouwang é uma das maiores igrejas domésticas de Pequim, de acordo com o ICC.

As igrejas são obrigadas a se registrar na China. O registro vem com restrições sobre como a fé cristã pode ser praticada.

“A desconsideração da China pela liberdade religiosa para seus 1,4 bilhão de cidadãos é deplorável”, disse Gina Goh, gerente regional do ICC.

“Os cristãos fora das igrejas sancionadas pelo Estado não podem mais cultuar sem medo de assédio, detenção ou até mesmo prisão. Há uma pressão crescente para exaltar o Partido Comunista sobre Deus. A comunidade internacional deve continuar a pressionar a China por seus abusos contra os direitos humanos até que esteja disposta a fazer mudanças positivas”, sugeriu Gina.

O presidente da China Aid, Bob Fu, disse que “a opressão da China contra as igrejas domésticas não será afrouxada. Uma repressão sistemática, em nome da lei, continuará a ocorrer no país”.

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