China: Pastores são presos por participarem de conferências bíblicas no exterior

Pastores e cristãos foram presos por participarem de conferências bíblicas na Malásia e na Coreia do Sul.

Fonte: Guiame, com informações da MNNAtualizado: quinta-feira, 12 de junho de 2025 às 18:52
Pastores são denunciados por ‘travessias ilegais’ de fronteira. (Foto ilustrativa: Pexels/El Jusuf)
Pastores são denunciados por ‘travessias ilegais’ de fronteira. (Foto ilustrativa: Pexels/El Jusuf)

Com o avanço do Evangelho na China, as autoridades do regime comunista intensificam esforços para isolar cristãos e pastores da Igreja global.

Bob Fu, representante da Voz dos Mártires Canadá (VOM Canadá), destaca que uma das medidas recentes envolve classificar viagens internacionais para eventos religiosos, como conferências de louvor e estudos em seminários, como travessias ilegais de fronteira.

“É claro que eles tentam usar esse método para acusá-los de travessia ilegal de fronteira. Quer dizer, eles têm medo de citar que o suposto crime que cometeram é participar de uma conferência de estudo bíblico, ou de um culto, ou de uma espécie de conferência de louvor e adoração”, diz Fu.

“O Partido Comunista escolheu usar esse termo legal para processar muitos desses pastores.”

Aumentando as prisões

A perseguição a cristãos na China não é novidade. Em 2021, um pastor da província de Shanxi foi condenado a cinco anos de prisão por participar de uma conferência de estudo bíblico no exterior.

Um caso ainda mais conhecido é o do pastor John Cao, que recebeu uma pena de sete anos por supostamente "organizar travessias ilegais de fronteira".

A acusação surgiu porque ele mobilizou cristãos chineses para ajudar crianças da minoria birmanesa a frequentar uma escola do outro lado da fronteira, onde a Bíblia era utilizada como material didático.

“Nas últimas semanas, temos visto mais casos. Cinco pastores na província de Shanxi também receberam uma sentença criminal por irem à Malásia – em Kuala Lumpur – para participar de uma conferência bíblica ministrada por um pregador [apelidado] de Billy Graham da China: o Pastor Dr. Stephen Tong, da Indonésia”, disse Fu.

“Além disso, nas últimas semanas, soubemos que outros quatro cristãos foram presos criminalmente por irem à Coreia do Sul e à Malásia para participar de conferências cristãs. Portanto, eles serão julgados e condenados à prisão criminal. Portanto, esta é uma nova tendência, que mostra o Partido Comunista Chinês tentando cortar a Igreja Universal, a comunhão da igreja”, completa.

Uma ameaça à segurança nacional?

A medida lança um alerta preocupante aos fiéis. Com o aumento da perseguição à comunhão cristã além das fronteiras, os cristãos precisarão redobrar a cautela ao escolher quais eventos frequentar. Em breve, viajar para fora do país pode se tornar impossível para muitos.

Em certas regiões, o governo instaurou uma nova medida conhecida como Filtro de Segurança Nacional, que inclui a análise da identidade religiosa dos cidadãos.

Cristãos, especialmente líderes religiosos, podem ser classificados como potenciais ameaças à segurança nacional sob esse critério.

"Você seria proibido de viajar", afirma Fu. "Você seria proibido de obter um novo passaporte ou renovar o seu passaporte antigo."

Conectados em Cristo

Apesar do cenário desafiador para a presença física dos cristãos chineses na Igreja global, Fu destaca que há esperança.

"Eles jamais terão êxito. Podem tentar limitar fisicamente ou geograficamente, mas o Espírito Santo é nosso verdadeiro elo, certo? Nunca poderão cortá-lo."

Ele reforça que, por meio da oração e da comunhão dos santos, o corpo de Cristo na China continuará fortalecido e unido, sem se sentir isolado.

“Por favor, ore para que Deus fortaleça os cristãos chineses à medida que seu isolamento físico da Igreja aumenta. Ore por firmeza para aqueles que enfrentam a prisão”, pede a VOM Canadá, enquanto compartilham histórias e apoiam os cristãos chineses.

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