Corpo de missionário morto há nove meses por aborígenes ainda não foi recuperado

Pescadores locais que ajudaram Chau a chegar à ilha dizem que testemunharam membros da tribo enterrarem o jovem na praia.

Fonte: Guiame, com informações do ExtraAtualizado: sexta-feira, 16 de agosto de 2019 às 13:14
Missionário John Chau. (Foto: Reprodução/Extra)
Missionário John Chau. (Foto: Reprodução/Extra)

Em 17 de novembro do ano passado, o missionário cristão americano John Allen Chau foi morto ao tentar evangelizar uma tribo que vive isolada na ilha Sentinela do Norte, no arquipélago de Andaman e Nicobar, no Oceano Índico.

Ele foi flechado por aborígenes que rechaçam qualquer contato com o mundo exterior.

Nove meses depois, o corpo de John Allen ainda não foi recuperado na remota região, a cerca de mil quilômetros do litoral da Índia, a quem ela pertence.

No ano passado, o governo indiano enviou uma unidade de polícia a Sentinela do Norte a fim de recuperar o corpo, mas os agentes pararam o barco a cerca de 400 metros da costa. De binóculos, viram o que os esperava na praia: aborígenes armados com arcos e flechas, da mesma forma que receberam o missionário. Antropólogos também não avançaram.

Sentinela do Norte era conhecida por John Allen como o "último bastião de Satã na Terra".

"Meu nome é John, eu os amo e Jesus os ama!", gritou ele ao se aproximar dos sentineleses pela primeira vez.

Pescadores locais que ajudaram Chau a chegar à ilha dizem que testemunharam membros da tribo enterrarem o jovem na praia. A polícia tem "uma ideia" da área onde ele pode estar enterrado.

Estima-se que existam apenas entre 50 e 150 pessoas em Sentinela do Norte, proibida para visitas devido ao risco de contaminação com doenças estrangeiras. Sem imunidade, qualquer vírus pode matar toda a tribo, o que torna praticamente impossível uma missão de resgate do corpo de John Allen.

Outro aspecto aparentemente sem solução é a judicial. Os aborígenes não podem ser indiciados, já que são inimputáveis segundo as leis locais. Mas o caso não foi fechado oficialmente.

"O caso de assassinato continua aberto, embora sem progressos. Mantemos contato com antropólogos e psicólogos", disse ao "El País" Dependra Pathak, chefe de polícia de Andaman e Nicobar.

Sete pessoas foram presas por ajudar o missionário, cinco pescadores, um amigo dele e um guia turístico local.

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