Líderes de igrejas no Sudão organizaram uma reunião de oração onde os cristãos compartilharam as repercussões do conflito que está acontecendo no país.
A maioria deles são trabalhadores informais e não têm reservas de emergência para se sustentarem nessa crise, conforme explicou a Portas Abertas. Isso, combinado ao fato de que eles são uma minoria marginalizada, colocou os seguidores de Cristo sob intensa pressão.
Os líderes disseram que os cristãos estão entre a fome e os tiros, explicando que estão encarando a morte de frente, correndo o risco todos os dias, no fogo cruzado. Segundo a organização, até as igrejas mais distantes da capital não estão isentas de dificuldades.
Após anos sob perseguição, a maioria vive sob extrema pobreza e são mal vistas por causa da relação com a comunidade internacional, o que é percebido como uma ameaça pelas autoridades do Sudão.
Sobre o atual conflito no país
Após três semanas de conflito no Sudão, na manhã de hoje, o general Abdel Fattah e o líder paramilitar, Mohamed Hamdan, confirmaram a escolha de representantes para negociar um acordo de paz em breve. Ambos concordaram em estabelecer um cessar-fogo de oito dias.
O general Abdel Fattah al-Burhan, líder atual do Sudão, e o grupo paramilitar Rapid Support Forces (RSF, da sigla em inglês), liderado pelo general Mohamed Hamdan Dagalo, estão em uma disputa sangrenta pelo poder.
Por causa dos ataques aéreos na segunda-feira (1), a capital Cartum foi evacuada. O ministro da Saúde relatou mais de 500 mortes, 4.600 feridos e quase 70% dos hospitais nas redondezas de Cartum foram fechados e mais de 800 mil pessoas fugiram para países vizinhos.
Mais de 330 pessoas se tornaram deslocados internos também. Os civis que ficaram encurralados na capital enfrentam fome severa e filas enormes para buscar água. Organizações internacionais que entregavam alimentos no Sudão suspenderam as atividades no país.
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