‘Cristãos estão entre a fome e os tiros no Sudão’, diz organização cristã

De acordo com a Portas Abertas, até as igrejas mais distantes da capital estão enfrentando sérias dificuldades.

Fonte: Guiame, com informações da Portas AbertasAtualizado: quinta-feira, 4 de maio de 2023 às 15:57
Cristãos pedem orações pela situação política no Sudão. (foto representativa: Portas Abertas)
Cristãos pedem orações pela situação política no Sudão. (foto representativa: Portas Abertas)

Líderes de igrejas no Sudão organizaram uma reunião de oração onde os cristãos compartilharam as repercussões do conflito que está acontecendo no país.

A maioria deles são trabalhadores informais e não têm reservas de emergência para se sustentarem nessa crise, conforme explicou a Portas Abertas. Isso, combinado ao fato de que eles são uma minoria marginalizada, colocou os seguidores de Cristo sob intensa pressão.  

Os líderes disseram que os cristãos estão entre a fome e os tiros, explicando que estão encarando a morte de frente, correndo o risco todos os dias, no fogo cruzado. Segundo a organização, até as igrejas mais distantes da capital não estão isentas de dificuldades.

Após anos sob perseguição, a maioria vive sob extrema pobreza e são mal vistas por causa da relação com a comunidade internacional, o que é percebido como uma ameaça pelas autoridades do Sudão.  

Sobre o atual conflito no país

Após três semanas de conflito no Sudão, na manhã de hoje, o general Abdel Fattah e o líder paramilitar, Mohamed Hamdan, confirmaram a escolha de representantes para negociar um acordo de paz em breve. Ambos concordaram em estabelecer um cessar-fogo de oito dias. 

O general Abdel Fattah al-Burhan, líder atual do Sudão, e o grupo paramilitar Rapid Support Forces (RSF, da sigla em inglês), liderado pelo general Mohamed Hamdan Dagalo, estão em uma disputa sangrenta pelo poder.

Por causa dos ataques aéreos na segunda-feira (1), a capital Cartum foi evacuada. O ministro da Saúde relatou mais de 500 mortes, 4.600 feridos e quase 70% dos hospitais nas redondezas de Cartum foram fechados e mais de 800 mil pessoas fugiram para países vizinhos.

Mais de 330 pessoas se tornaram deslocados internos também. Os civis que ficaram encurralados na capital enfrentam fome severa e filas enormes para buscar água. Organizações internacionais que entregavam alimentos no Sudão suspenderam as atividades no país. 

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições