O Departamento de Estado dos Estados Unidos revelou que um pastor continua preso e foi torturado pelo governo comunista de Cuba.
Em um comunicado divulgado na última terça-feira (4), o governo americano denunciou a perseguição constante contra Lorenzo Rosales Fajardo, conforme o International Christian Concern.
“Estamos preocupados que o Rev. Rosales Fajardo, um pastor protestante evangélico e líder da Igreja não-denominacional Monte de Sion, não registrada, tenha sido severamente espancado e abusado enquanto estava detido, com base em seu papel de liderança religiosa em Cuba e em suas atividades cristãs”, afirma o documento.
O líder cubano, de Palma Soriano, está preso desde 2021 após participar de um protesto pacífico contra as violações dos direitos humanos do regime comunista.
Rosales foi acusado de incitação, desrespeito, desordem pública e agressão, e condenado a oito anos de detenção. Mais tarde, a sentença foi diminuída para sete anos.
Segundo o relatório do Departamento de Estado, o pastor foi urinado pelos guardas e espancado na prisão, perdendo um dente.
“As autoridades prisionais o escolheram para humilhação, com os guardas denegrindo abertamente as suas crenças religiosas”, afirmou.
Além disso, em 2022, Rosales foi colocado na solitária por pregar o Evangelho aos outros presos.
De acordo com o Prisoners of Faith, as autoridades comunistas ameaçaram a esposa do pastor, se ela continuasse o defendendo.
Táticas de intimidação
“Estas táticas grosseiras de intimidação demonstram o quanto o governo cubano teme a influência dos líderes cristãos e, ironicamente, considerando a ideologia ateísta defendida pela maioria dos funcionários do Partido Comunista Cubano, o seu reconhecimento do poder da oração”, declarou Anna Lee Stangl, chefe de defesa da Christian Solidarity Worldwide, organização que apoio cristãos perseguidos.
Cuba está na lista de Países de Particular Preocupação (CPC) do Departamento de Estado dos EUA por cometer abusos que impedem a liberdade religiosa. No país, pessoas e grupos que se opõem ao governo autoritário são perseguidos e presos.
Em 2023, o regime aprovou a Lei da Comunicação Social, restringindo ainda mais as liberdades religiosas, liberdades civis e também a liberdade de imprensa.
Cuba ocupa a 22ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2024 da Missão Portas Abertas.
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