Quatro cristãos convertidos do Islã foram presos em 19 de abril em Dezful, no sudoeste do Irã. Com a detenção, eles foram interrogados pelo Escritório de Inteligência do país, informa o Barnabas Fund.
Esmaeil Narimanpour, Mohammad Ali Torabi, Alireza Varak-Shah e Hojat Lotfi-Khalaf foram temporariamente liberados na quarta-feira, 21 de abril, após assinarem um acordo para se apresentarem ao Escritório de Inteligência, onde foram convocados.
No dia seguinte, em 22 de abril, um grupo de 10 a 15 cristãos convertidos do Islã, que são membros de uma igreja doméstica, foram convocados pelo departamento de Inteligência em Dezful.
Embora eles tenham sido liberados no mesmo dia, eles também foram forçados a assinar um acordo que afirmava que não iriam a nenhuma igreja doméstica ou comunidade cristã.
Na prática, esse tipo de acordo serve como forma de pressionar as pessoas a se reconverter ao Islã e renunciar a fé cristã. Esta é uma prática muito comum do Escritório de Inteligência no Irã, segundo o relatório.
Dezful está localizada na província do Khuzistão, onde 16 cidades foram designadas como zonas vermelhas de contágio da Covid-19 pelo Comitê Nacional Iraniano.
Uma fonte local revelou que Esmaeil Narimanpour foi espancado enquanto estava detido no Escritório de Inteligência. Outros cristãos convocados para o escritório foram agredidos enquanto estavam detidos no centro de detenção de Dezful.
Quatro cristãos convertidos do islamismo foram presos em Dezful em 21 de abril. (Foto: Mohabat News)
Esta fonte revelou que todos os convertidos cristãos foram questionados sobre seus pensamentos políticos, em particular sua opinião sobre a revolução islâmica e se eles participarão das próximas eleições presidenciais.
Dos presos ou convocados para interrogatório em Dezful, alguns tinham experiência anterior com interrogatórios e prisões, enquanto outros foram convocados ou presos pela primeira vez.
Durante as últimas eleições presidenciais no Irã, a perseguição cristã sofreu uma ligeira redução nos meses que antecederam o dia das eleições. Desta vez, embora a eleição presidencial esteja a menos de alguns meses, a pressão sobre os cristãos iranianos parece estar aumentando.
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