Missionário evangeliza comunidade muçulmana que sai de zero para 150 cristãos, na Etiópia

Uma das estratégias usadas para evangelismo é a exibição do filme “Jesus”.

Fonte: Guiame, com informações do God ReportsAtualizado: terça-feira, 25 de maio de 2021 às 13:35
Convertidos ao Cristianismo e pequena igreja plantada em comunidade muçulmana. (Foto: Reprodução / New Covenant Missions)
Convertidos ao Cristianismo e pequena igreja plantada em comunidade muçulmana. (Foto: Reprodução / New Covenant Missions)

O relato de um missionário da New Covenant Missions revela o trabalho de cristãos, muitas vezes solitário, em meio a comunidades remotas para pregar o Evangelho na Etiópia.

Ele conta que encontrou um desses vilarejos muçulmanos enquanto estava visitando locais de plantação de igrejas, antes de retornar à capital Addis Abeba para dormir e no dia seguinte voar cedo para Accra, em Gana.

“Quando saímos da calçada para as florestas arenosas de Acácias do Vale do Rift, percebi rapidamente que estávamos indo para um lugar onde nunca tinha estado antes. Depois de mais de 30 viagens para a Etiópia. Aquilo foi uma surpresa”, diz.

O missionário e o motorista chegaram ao local depois de mais ou menos uma hora dirigindo, uma faixa de terra entre o Lago Abiata e o Lago Shalla dentro de um Parque Nacional.

“Era claramente uma área muito islâmica, pois havia muitas mesquitas. Sinceramente, fiquei chocado ao ver que havia uma comunidade em todo o lado”, conta. “Cada vez que venho para a Etiópia, fico culturalmente chocado com a forma como a maioria das pessoas vive como eu esperava na época de Jesus (exceto pela eletricidade e telefones celulares)”.

Ele descreve o local como tendo estradas cheias de burros, cordeiros, gado e cabras sendo perseguidos por crianças que na verdade são pastores. O missionário cristão conta que tudo ali parece muito trabalhoso, para as pessoas e para os animais.

“Nosso motorista teve que dirigir com cuidado, pois as pessoas haviam criado postes elétricos a partir de pequenos bastões de 3,5 metros de altura que traziam eletricidade de postes de energia vizinhos para o vilarejo por meio de fiação muito insegura. Esses fios chegariam a atingir 2,10 metros em alguns pontos”, diz sobre a insegurança da incursão pelo vilarejo.

“Enquanto estacionávamos o veículo, crianças começaram a sair de todos os lugares quando se espalhou o boato de que um homem branco estava na cidade. Caminhamos até uma bela igreja construída por Feyissa, um plantador de igrejas que servia na área há pouco mais de dois anos”, relata.

Pregando o Reino

Feyissa contou que a comunidade tinha cerca de 8.000 pessoas, das quais todas eram muçulmanas, exceto as 34 famílias (mais de 150 pessoas) que ele e sua equipe levaram a Jesus.

“Um dos moradores locais me deu um testemunho de que as coisas estão mudando porque Feyissa tem um kit do filme ‘Jesus’ com o qual prega a verdade de Jesus e o Reino eterno de Deus”, explicou.

Disse ainda que “outro homem contou como foi curado de uma doença da qual vinha sofrendo por muito tempo e que outras pessoas também ficaram livres de vícios e demônios”.

O missionário diz que foi uma experiência incrível ver como Deus viu essa comunidade tão distante do mundo e colocou um crente como Feyissa lá para compartilhar a verdade sobre o Reino de Deus.

“Isso realmente me deu uma esperança especial em meu coração, pois muitas vezes fico impressionado com o grande número de comunidades não alcançadas que existem na Etiópia, quanto mais em todo o continente”, avalia.

Ele diz que entendeu que não era seu trabalho alcançar as pessoas, mas seguir a direção de Jesus porque é “Ele quem alcança os alcança”.

Mais colheita

Ao mesmo tempo em que Feyissa foi enviado para aquela aldeia muçulmana, o missionário Shukie pregava a outra comunidade a cerca de uma hora de distância.

“Há dezoito meses, visitei Shukie e sua igreja doméstica, que acabara de receber um terreno para construir uma estrutura onde muitos pudessem adorar livremente”, conta o missionário visitante.

Mais uma vez, estavam em uma área quase 100% islâmica. “A única razão pela qual pudemos trabalhar aqui foi porque Shukie faz parte da tribo local. Não haveria como um estranho entrar e fazer uma coisa dessas”, explica.

Shukie contou que quando ele chegou ao local, o Islã estava misturado com bruxaria e muitas pessoas estavam morrendo de doenças estranhas. Parecia que havia uma maldição nesta comunidade de mais de 10.000 pessoas. Quando ele começou o trabalho, eles simplesmente tinham duas famílias de crentes adorando juntos em uma casa.

Hoje eles têm agora 50 famílias adorando em sua nova igreja oficial de concreto que servirá como uma igreja mãe para as muitas que virão em breve com as plantações de igrejas domésticas.

“Eles ainda têm muitos obstáculos a enfrentar porque não tinham um cemitério (o que realmente é uma razão para um muçulmano não seguir Jesus nesta cultura), mas eu senti no meu coração que Deus colocará mais oito igrejas a serem plantadas dentro nos próximos anos”, finalizou.

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