Pregador de rua é preso na China e enviado para centro de reabilitação de drogas

Há 20 anos sob vigilância, Chen Wensheng aproveitou a detenção para evangelizar policiais e autoridades.

Fonte: Guiame, com informações de Internacional Christian ConcernAtualizado: terça-feira, 29 de março de 2022 às 14:32
Chen Wensheng já foi presos várias vezes por “evangelismo ilegal” nas ruas da China. (Foto: China Aidi).
Chen Wensheng já foi presos várias vezes por “evangelismo ilegal” nas ruas da China. (Foto: China Aidi).

O pregador de rua Chen Wensheng foi preso novamente na China por perseverar em suas atividades evangelísticas em diversas cidades. Há 20 anos sob vigilância constante do Partido Comunista Chinês (PCC), desta vez Chen foi enviado para um centro de reabilitação de drogas como forma de punição.

De acordo com a International Christian Concern, o evangelista foi detido no dia 5 de março na província de Yunna e libertado no dia seguinte. Logo depois, Chen foi para a cidade de Hengyang e continuou a evangelizar. 

Durante a pregação de rua, ele entregou um folheto cristão a uma autoridade local, o Sr. He. Dois dias depois (7), Wensheng foi convocado a se apresentar para as autoridades locais devido suas atividades evangelísticas. Em resposta, Chen também compartilhou o Evangelho com eles.

“Sou um membro do Partido Comunista, não estou aprendendo [sobre sua fé]”, disse um secretário do PCC, ao receber um panfleto do pregador. E Chen respondeu: “Secretário, Jesus te ama, Deus te abençoe!”.

Em 9 de março, ele viajou para o condado de Anhua de ônibus e aproveitou a oportunidade para pregar sobre Jesus aos outros passageiros. No dia seguinte, as autoridades de Hengyang saíram à procura do cristão para prendê-lo.

Na delegacia, o evangelista também aproveitou para falar do Evangelho aos policiais e conduzir uma oração. Alguns rejeitaram, mas outros agradeceram e um oficial repetiu a oração de Chen: “Senhor Jesus, salve-me, perdoe-me, em nome de Jesus, amém!”.


Chen Wensheng aproveitou a detenção para evangelizar policiais e autoridades. (Foto: ChinaAid).

Três dias depois (11), Wensheng foi transferido ao escritório da polícia de Qingshan, em Hengyang, permaneceu em detenção administrativa por sete dias e depois foi enviado para um centro de reabilitação de dependentes químicos por oito dias. 

A família de Chen só soube de sua detenção em 26 de março, porque não recebeu nenhum aviso do governo. 

Hoje, já liberto da prisão, o evangelista disse que louva a Deus pela oportunidade de pregar sua Palavra em todos os lugares onde foi perseguido e pediu oração pelas pessoas que ele evangelizou nesse período.

Segundo a ChinaAid, ao ser liberado da detenção, Chen citou a frase do pastor preso Wang Yi: “Se eu tivesse 65g de ouro, poderia tê-lo enviado aos perseguidores, agradecendo-lhes por me conceder uma coroa de ouro imperecível; agradecendo-lhes por gastar toda a sua vida para enviar os filhos de Deus para a cruz”.

Preso por “evangelismo ilegal”

Não é a primeira vez que o pregador de rua é preso pela polícia chinesa. Em agosto de 2020, Chen foi condenado a 10 dias de prisão por cometer “evangelismo ilegal” nas ruas da China.

Em junho de 2021, ele foi preso novamente por oficiais do PCC, na província de Zhejiang. Depois de levá-lo de volta para a província de Hunan, onde mora, as autoridades mantiveram o cristão sob vigilância por 20 dias, no West Lake Resort.

Durante sua detenção, líderes do Bureau de Assuntos Étnicos e Religiosos e o Departamento de Segurança do Estado interrogaram Chen e tentaram o persuadir a parar de pregar o Evangelho nas ruas das cidades chinesas.

Wensheng faz parte da Igreja Xiaoqun em Hengyang. Ele frequentemente carrega uma cruz de madeira com as frases “glória ao nosso Salvador” e “arrependa-se e seja salvo pela fé” enquanto evangeliza os pedestres.

Na China, o evangelismo é proibido fora dos locais autorizados pelo governo comunista. A organização International Christian Concern (ICC) relata que os evangelistas de rua enfrentam constante assédio ou detenção, enquanto suas igrejas sofrem ainda mais restrições pelas autoridades.

 

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