Na cultura de honra e vergonha do Oriente Médio, se uma mulher é estuprada, isso envergonha a família e eles têm o dever de matá-la.
“Ela é morta duas vezes, uma vez por [ser vítima de] estupro e outra por sua família”, diz o irmão George*, um plantador de igrejas no Oriente Médio da Missão Novo.
De acordo com George, eles acham que o estupro é uma vergonha para a família e eles para lavar e restaurar a honra, devem matar as mulheres que foram as vítimas desse crime.
"Depois que ela é morta, a única coisa que a polícia pode fazer é manter o marido, pai ou irmão preso por 24 horas, apenas para provar que é um crime de honra; só isso", explica o missionário.
Em 2014, terroristas do Estado Islâmico invadiram aldeias no norte do Iraque e tomaram milhares de mulheres yazidi e cristãs como escravas sexuais.
Mas recentemente, quando o EI se desfez, essas mulheres conseguiram escapar. “Elas não podiam voltar para casa porque seriam mortas”, diz o irmão George. "Elas foram colocadas em um campo, porque, se fossem para casa, seriam mortas", explica.
Jesus aparece
Um homem Yazidi compartilhou sua história com o irmão George. Ele tem cinco filhos, dois meninos e três filhas. Todas as três meninas foram tomadas como escravas pelo EI. O mais velho tinha 22 anos. Um de seus dois filhos foi morto pelo ISIS e o outro está desaparecido.
Uma noite, o Yazidi foi dormir e teve a visão de Jesus em seu sonho. Ele reconheceu Jesus porque mostrou ao homem as mãos furadas.
Jesus disse ao homem: “Você não precisa matar suas filhas ou alguém. Eu paguei por todos, então vá buscar suas filhas”.
"O homem acordou e pensou que isso não poderia ser real. Ele voltou a dormir e teve exatamente o mesmo sonho”, contou.
Então ele acordou de novo, voltou a dormir e teve o mesmo sonho pela terceira vez. Ele acredita que teve um sonho para cada filha.
De manhã, ele reuniu os anciãos (Yazidi) e contou o que aconteceu.
"Jesus apareceu na minha tenda", declarou ele, para seu espanto. "Vou pegar minhas garotas e ninguém vai tocá-las."
Por causa de Jesus, ele conseguiu extrair com sucesso suas meninas do acampamento, trazê-las para casa com segurança e convencer os outros homens Yazidi a recuperar suas filhas sem prejudicá-las.
“Seis semanas depois, o acampamento fechou e todas as 280 meninas voltaram para suas famílias. É isso que o Evangelho faz”, testemunha George.
Agora, existem muitas jovens Yazidi que visitam Novo regularmente e recebem aconselhamento para cura de trauma e treinamento para discipulado.
*Nome fictício por segurança.
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