“Com rumores de guerras, pessoas estão mais abertas a Jesus Cristo”, diz pastor ucraniano

Apesar dos alertas para deixar o país, muitos cristãos preferem ficar. ‘Estamos orando e jejuando. Deus nos protegerá’, disseram os líderes.

Fonte: Guiame, com informações de CBN NewsAtualizado: sexta-feira, 28 de janeiro de 2022 às 15:38
Cerca de 27 mil ucranianos encheram um estádio, em Kharkiv, para uma cruzada evangelística, em junho de 2021. (Foto cortesia: New Generation Church)
Cerca de 27 mil ucranianos encheram um estádio, em Kharkiv, para uma cruzada evangelística, em junho de 2021. (Foto cortesia: New Generation Church)

Com as tensões aumentando entre a Ucrânia e a Rússia, a Casa Branca está agora pedindo aos cidadãos americanos, que vivem na Ucrânia, que saiam enquanto é tempo.

“A situação de segurança no país continua imprevisível devido à crescente ameaça de ação militar russa e pode se deteriorar sem aviso prévio”, publicou a Embaixada dos EUA na Ucrânia em seu site, na quarta-feira (26).

Com essa agitação toda e apesar do clima tenso, as pessoas estão buscando a Deus, agora mais do que nunca. O pastor ucraniano, Anton Tishenko, diz que o poder de Deus está se movendo por toda a região. “As pessoas estão mais abertas a Jesus Cristo”, compartilhou.

Cristãos fazem jejum e oração pela paz na Ucrânia

Tishenko conta que, no ano passado, 27 mil pessoas lotaram um estádio em Kharkiv para uma cruzada evangelística organizada pela igreja. 

Seis horas a leste de Kiev, na província de Kharkiv, a “Igreja da Nova Geração” — uma das maiores congregações evangélicas da cidade — liderada por Tishenko, está no 16º dia de uma iniciativa de jejum e oração, que deve durar 21 dias.

“Nós nos reunimos às 7 horas da manhã, e então oramos pela paz e o avivamento na Ucrânia. Estamos orando e jejuando, acreditando que Deus nos protegerá, pois Ele é muito fiel”, disse.

Conforme a CBN News, a igreja fica a 40 quilômetros da fronteira russa, adjacente às províncias de Donbass e Luhansk, que a Rússia invadiu e assumiu em 2014. O presidente da Ucrânia está alertando que Kharkiv pode ser o próximo alvo da Rússia. 

“Será o início de uma guerra em grande escala”

“Kharkiv, que está sob controle do governo da Ucrânia, pode ser ocupada", disse Volodymyr Zelensky, o presidente da Ucrânia de 43 anos, ao Washington Post na semana passada. 

“A Rússia precisa de um pretexto. Eles dirão que estão protegendo a população de língua russa. Não sei o que eles vão fazer porque são grandes cidades. Kharkiv tem mais de 1 milhão de cidadãos. Não será apenas uma ocupação; será o início de uma guerra em grande escala”, acrescentou o presidente. 

Mesmo com os avisos e os alertas dos EUA para que as pessoas comecem a evacuar a cidade, a maioria decidiu ficar “para ver o que vai acontecer”.

“Vamos confiar em Deus”

A missionária americana, Jane Hyatt, que mora em Kiev, capital da Ucrânia, é uma delas. “Moro aqui há 26 anos e, a partir de hoje, não tenho planos de evacuar. Estou observando para ver como as coisas vão ficar. Vamos confiar em Deus”, disse à CBN News.

Jane administra um centro cristão de reabilitação para crianças. “Temos mais de 20 crianças para cuidar e tenho muitas responsabilidades. Sinto que preciso fazer o máximo possível por elas”, afirmou.

O pastor Tishenko, que viu mais de 10 mil pessoas se apresentando para aceitar Jesus como Salvador, na última cruzada, disse que também vai ficar na Ucrânia para continuar pregando o Evangelho.

“Será uma grande oportunidade para pregarmos mais, orarmos mais e veremos quantas pessoas virão ao Senhor”, também disse à CBN News.

Olga Buznitska, que trabalha para a Orphan's Promise — organização cristã que ajuda crianças órfãs e em risco — disse que tem planos de evacuar somente se a situação estiver drástica. 

A organização tem 32 projetos no leste da Ucrânia e planeja evacuar junto com todos os envolvidos nessas operações. “Estamos prontos para trabalhar com os refugiados na parte ocidental da Ucrânia”, ela disse. 

“Nossas igrejas, projetos e voluntários estão preparados com comida suficiente. Temos energia, e temos tudo para manter essas pessoas num lugar seguro”, concluiu durante uma entrevista à CBN News. 

A Rússia negou que esteja planejando um ataque, mas enviou mais de 100 mil soldados perto da fronteira com a Ucrânia nos últimos meses, levando os Estados Unidos e seus aliados da Otan a se prepararem para uma possível guerra.

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