Como saber qual é o meu chamado? Pastores falam sobre crise vocacional

Fábio Coelho e Douglas Gonçalves alertam sobre a falta de conhecimento bíblico quando o assunto é chamado e vocação.

Fonte: Guiame, Cris BeloniAtualizado: sexta-feira, 3 de junho de 2022 às 14:54
Fábio Coelho, líder do movimento Vozes e Trovões e Douglas Gonçalves, líder do movimento JesusCopy. (Foto: Captura de tela/YouTube JesusCopy).
Fábio Coelho, líder do movimento Vozes e Trovões e Douglas Gonçalves, líder do movimento JesusCopy. (Foto: Captura de tela/YouTube JesusCopy).

Como os cristãos descobrem e vivem o chamado de Deus em suas vidas? Em entrevista ao Douglas Gonçalves do JesusCopy, o missionário Fábio Coelho explica que há uma “crise vocacional” e que isso precisa ser resolvido entre os cristãos.

“Precisamos ser mais bíblicos. Muitas vezes, as pessoas se utilizam de diversas ferramentas [para descobrir a vocação], mas falta a clareza das Escrituras”, explicou na live divulgada na última quinta-feira (02). 

Ao citar o texto que está em Marcos 3.13 — onde fala sobre o chamado apostólico de Jesus — Fábio aponta o motivo pelo qual Jesus chamou os 12 apóstolos. 

“Para que Jesus os chamou? Primeiro para ‘estarem com Ele’ e depois para pregar e exercer autoridade para expulsar demônios. Nesse chamado existe uma ordem e o chamado primário não era operacional”, esclareceu.

“Somos chamados para um relacionamento com Deus”

De acordo com o missionário e líder do movimento Vozes e Trovões, as pessoas não são chamadas primariamente para “fazer alguma coisa”. Com isso, ele afirma que “Jesus chamou os doze homens para um relacionamento de amizade”. 

“O nosso chamado é para estar com Jesus, ter relacionamento com Ele e conhecer seu coração e seus pensamentos. Fomos chamados para ser amigos de Jesus”, disse.

Ao incluir o texto de Gênesis 3.9, ele também destaca para a primeira vez que Deus chama alguém na Bíblia. 

“Quando Deus chamou Adão, ele estava fugindo. Adão pecou e fugiu da presença do Criador. E mesmo vendo que Adão estava com medo, Deus o chamou”, continuou.

Paixão profunda por Jesus

“Deus não estava chamando Adão para fazer alguma coisa, mas para voltar à sua posição original, ou seja, diante da presença de Deus, desenvolvendo aliança e obediência”, enfatizou. 

Fábio também especifica que é necessário desenvolver “uma devoção e uma paixão profunda por Jesus”. Só a partir disso é que alguém pode fazer algo ou “trabalhar com Deus” como alguns entendem. 

“Ninguém pode pregar sobre Jesus sem conhecê-lo. Ninguém pode falar daquilo que não ouviu. Ou seja, devemos ser ‘testemunhas’ — falar do que vimos e ouvimos”, disse ainda. 

Sobre a autoridade missional

Após ter relacionamento com Jesus e após pregar, então é possível ter autoridade para expulsar demônios, de acordo com as explicações de Fábio

“Sem essa ordem, os demônios não se submetem”, disse ao lembrar dos judeus que andavam expulsando espíritos malignos [Atos 19.13] e que foram questionados pelos próprios demônios por não serem conhecidos no mundo espiritual. 

Conforme o relato bíblico, o endemoninhado saltou sobre eles e os espancou com violência. 

“A autoridade missional não está em falar ‘o nome’ de Cristo, mas ‘em nome Dele’. Somente aqueles que conhecem a sua presença e são seus amigos é que possuem essa autoridade”, reforçou. 

Fábio cita também a forma como Moisés e Paulo foram enviados: “Primeiro há um encontro com a presença de Deus e a partir da intimidade com Ele é que eles foram enviados para as nações”, concluiu. 

Fábio Coelho é autor dos livros “A Missão Apostólica da Igreja”, “Não Apagueis o Espírito” e “Princípios da Batalha Espiritual”. 


Fábio Coelho, líder do movimento Vozes e Trovões. (Foto: Arquivo Pessoal/Fábio Coelho)

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