Um relatório publicado durante preparativos para a Assembleia Geral da Igreja da Escócia mostra que 29 presbitérios (órgãos administrativos que representam as igrejas locais de uma determinada região) estão apoiando uma nova legislação da denominação que permitiria a ministros e diáconos se tornarem celebrantes de uniões do mesmo sexo. Apenas 12 presbitérios se opuseram a ela.
A histórica Igreja Presbiteriana Calvinista deve aprovar a nova regulação em maio, tornando a celebração de casamentos gay possível pela denominação cristã.
A nova orientação segue na esteira do debate que acontece dentro da Igreja da Escócia por muitos anos entre os que defendem uma compreensão historicamente bíblica do casamento e aqueles que promovem uma abordagem teologicamente mais liberal da ética sexual.
Em 2016, a Igreja permitiu que seus ministros de culto entrassem em casamentos ou uniões civis entre pessoas do mesmo sexo.
Assembleia Geral de Maio
Shuna Dicks, uma reverenda do Presbitério de Aberdeen e Shetland, disse à Premier que estava “encantada” por em breve poder casar pessoas do mesmo sexo.
“Haverá pessoas da comunidade LGBT que se alegrarão porque, finalmente, a igreja a que pertencem poderá celebrar o amor que encontraram um no outro em uma cerimônia cristã e isso, acho, é uma boa notícia”, declarou.
Com opinião contrária, Mike Gross, um reverendo de Angus, disse que aqueles “que defendem a Bíblia, não vamos embora, ainda estamos lá”. Ele disse esperar “lutas” nas “relações contínuas entre congregações e entre ministros”.
O relatório a ser votado no final do mês diz que nenhum ministro seria obrigado a se envolver em casamentos gays se discordasse. Também pede aos líderes da igreja que protejam “a paz e a unidade e as necessidades pastorais da congregação” no processo de implementação dos ritos de casamento gay.
Uma nova liturgia será escrita se a nova lei for finalmente aprovada.
Igreja histórica na Escócia
A Igreja da Escócia tem suas raízes nos primeiros cristãos na Escócia e foi fortemente moldada pelo reformador John Knox (século XVI).
A constituição da Igreja diz que a Bíblia é a autoridade suprema para todas as questões de fé e prática.
Duas outras igrejas foram formadas no passado por grupos que deixaram a Igreja da Escócia: a Igreja Episcopal Escocesa (1689) e a Igreja Livre da Escócia (1843).
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