Ex-comissária de bordo demitida por ser contra aborto vence ação: “Toda glória a Jesus”

“Essa é uma vitória para a liberdade de expressão e crenças religiosas”, ela disse.

Fonte: Guiame, com informações de CBN NewsAtualizado: segunda-feira, 18 de julho de 2022 às 12:14
Charlene Carter. (Reprodução/Instagram Charlene Gayler Carter)
Charlene Carter. (Reprodução/Instagram Charlene Gayler Carter)

Há cinco anos, a ex-comissária de bordo, Charlene Carter, foi demitida pela empresa Southwest Airlines por “postar sua opinião contra o aborto” em suas redes sociais.

Após uma batalha legal de cinco anos, Charlene recebeu 5,1 milhões de dólares (equivalente a 27,5 milhões de reais) no processo que foi aberto em 2017. 

Um júri do tribunal distrital federal de Dallas proferiu o veredicto na quinta-feira (14), declarando seu direito de receber esse valor da Southwest e do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes, por danos punitivos.

Entenda o caso

Charlene ingressou no sindicato em setembro de 1996, mas renunciou em setembro de 2013. Ela descobriu que suas opiniões contra o aborto não se alinhavam com as do sindicato, de acordo com a National Right to Work Foundation (NRTW). 

E mesmo tendo encerrado sua associação, ela foi forçada a pagar as taxas como forma de garantir seu emprego. 

Em janeiro de 2017, Charlene soube que a presidente do sindicato local, Audrey Stone, e outros funcionários, usaram dinheiro do sindicato para participar da Marcha das Mulheres em Washington DC, que endossa grupos como a Planned Parenthood — Paternidade Planejada, maior rede de clínicas de aborto dos EUA.

E foi nessa ocasião que a aeromoça denunciou a presença do sindicato no evento, através de suas redes sociais, reforçando seu posicionamento pró-vida.

‘Ninguém é obrigado a promover o aborto’

Charlene foi questionada pela empresa e pelo sindicato sobre suas postagens e seus comentários contra o aborto, que foram considerados ofensivos. Em seguida, ela foi demitida. 

“Nenhum trabalhador americano deve temer demissão, intimidação ou qualquer outra represália meramente por se manifestar contra ter o seu próprio dinheiro gasto, supostamente em seu nome, para promover uma agenda que considera abominável”, disse Mark Mix , presidente da NRTW — organização que protege as leis de direito ao trabalho nos EUA.

“Embora estejamos orgulhosos de estar com a Sra. Carter e satisfeitos com o veredicto, em última análise, não deveria haver lugar na lei trabalhista americana para obrigar os trabalhadores a financiar uma organização privada que viole suas crenças fundamentais”, ele continuou. 

Gratidão

Através de um post no Facebook, na quinta-feira (14), Charlene escreveu: “Obrigado a todos por suas orações. Dou a Jesus ​​toda a glória por esta vitória”. 

“Essa é uma vitória para a liberdade de expressão e crenças religiosas. Os comissários de bordo devem ter voz e ninguém deve ser capaz de nos retaliar por uma manifestação contra o sindicato”, ela disse à Fox Business.

“Sou muito grata a Deus pela decisão de hoje e por todos os que me apoiaram nos últimos cinco anos, incluindo a National Right to Work Foundation”, reconheceu. 

A Southwest disse que apoia os funcionários que optam por “expressar suas opiniões quando feito de maneira respeitosa”. A companhia aérea planeja recorrer da decisão do tribunal.

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