Nesta sexta-feira (25), a fundadora da Portas Abertas no Brasil, Elmira Pasquini, morreu aos 95 anos por causas naturais. Seu último aniversário foi comemorado no dia 1º de janeiro de 2022.
Considerada uma guerreira de oração pela Igreja Perseguida, foi com grande empenho pela causa que fundou o escritório da Portas Abertas no Brasil, em 1978. Seu primeiro contato com a organização foi através da leitura do livro do Irmão André, “O Contrabandista de Deus”.
O Irmão André fundou a Open Doors em 1955, na Holanda. Os dois se conheceram durante uma conferência da International Hospital Christian Fellowship (Aliança Cristã Hospitalar Internacional, IHCF), na Áustria.
Urgência em ajudar a Igreja Perseguida
Em 1977, quando Elmira soube que o Irmão André estaria no Brasil, ela organizou uma reunião de oração pelos cristãos perseguidos com a presença dele, na Igreja Batista da Liberdade. O encontro contou com mais de mil pessoas e foi um marco de oração pela Igreja Perseguida.
As ofertas levantadas nas visitas do Irmão André foram destinadas ao estabelecimento do ministério da Portas Abertas no Brasil, que se deu oficialmente em 1º de maio de 1978. Durante um bom tempo, a organização funcionou na casa da Irmã Elmira.
“Ela tinha um senso de urgência diferenciado e uma convicção de que deveria agir. Ao receber um direcionamento de Deus ela não ficava parada. E foi assim com a fundação da Portas Abertas no Brasil”, disse o secretário-geral da organização, Marco Cruz, ao se referir a Elmira como uma mulher determinada e de muita coragem.
“Sempre tinha uma palavra de encorajamento”
Conforme a organização, Elmira fez parte da diretoria da Portas Abertas Brasil por pelo menos mais três anos. E, mesmo depois de se desligar da diretoria, sempre fez questão de acompanhar o trabalho de perto.
Ao longo dos anos, ela ligava para o escritório da Portas Abertas regularmente. Mesmo já com as limitações devido à idade avançada, ela via os nomes de quem participava da produção da revista e pedia para falar com cada um. Ela queria saber como os colaboradores estavam e se preocupava com o bem-estar do secretário-geral.
“Sou grato a Deus pela vida e o legado da irmã Elmira. Nossas conversas por telefone, no escritório da Portas Abertas e em sua casa em Atibaia me farão falta. Ela sempre tinha uma palavra de encorajamento”, lembrou.
Marco ainda revela que a fundadora não se orgulhava e nem se gabava de seus feitos. “Ela sempre repetia: ‘sabe por que a organização cresceu? Porque eu não fiz nada, foi Deus quem fez’. Ela fará falta neste mundo. Oramos e pedimos o consolo do Espírito Santo para a família, amigos e para nós todos”, disse ainda.
O Portal Guiame sente pela partida de Dona Elmira e ora para que Deus console os corações de familiares e amigos.
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