Pastor com 6 meses de vida alerta sobre legalização do suicídio assistido no Reino Unido

Com câncer, Philip apelou ao Parlamento do Reino Unido que vote contra projeto de lei que legaliza a morte para pacientes terminais.

Fonte: Guiame, com informações de Christian ConcernAtualizado: quinta-feira, 28 de novembro de 2024 às 15:17
Philip e sua esposa. (Foto: Reprodução/YouTube/Christian Concern).
Philip e sua esposa. (Foto: Reprodução/YouTube/Christian Concern).

Um pastor com apenas 6 meses de vida está alertando sobre um projeto de lei que legaliza o suicídio assistido no Reino Unido.

A lei, de autoria de Kim Leadbeater do Partido dos Trabalhadores, está em discussão no Parlamento do Reino Unido.

O pastor Philip, um avô e pai de cinco filhos, foi diagnosticado com câncer de pâncreas e câncer de pulmão em estado terminal, no início deste ano. Desde então, ele está se manifestando contra o projeto de lei que quer oferecer suícidio a pacientes vulneráveis como ele.

"Não há como nossa sociedade encorajar ou facilitar as pessoas que cometam suicídio. Isso não é o que uma sociedade carinhosa ou compassiva faz", declarou Philip, em entrevista ao Christian Concern, uma organização que defende os direitos religiosos.

Em uma consulta em julho, o médico do pastor informou que lhe restavam poucos meses de vida e que a quimioterapia poderia apenas retardar sua morte, mas comprometeria sua qualidade de vida.

Philip e sua esposa decidiram não passar pelo tratamento e encontram consolo em sua fé em Jesus, orando por um milagre.

Como um paciente terminal, o cristão estaria apto para o suicídio assistido se o projeto de lei de Kim Leadbeater fosse aprovado pela Parlamento.

“Eu quero viver até que Deus decida que é hora de eu morrer. Não sei como vou morrer e não quero saber como vou morrer”, afirmou Philip. 

"Após a morte, sei que irei para um mundo melhor porque acredito em Jesus. Há uma realidade de julgamento para aqueles que não conhecem Jesus. A morte é uma viagem só de ida. Você não aparece novamente como nos jogos de computador. As pessoas não percebem o quão séria é a morte”, observou.

Perigos da legalização

O pastor alertou sobre os perigos de legalizar a morte assistida. "Eu tenho um vizinho que recebeu seis meses de vida décadas atrás. Ele agora tem 67 anos. Imagine se ele tivesse sido persuadido a cometer suicídio”, disse.

“Eu testemunhei a morte da minha mãe. Ela tinha câncer de mama e sentia uma dor terrível. Eu tive que limpar ratos imaginários de seu peito enquanto cuidava dela. Perto do fim, ela orou para que Deus a curasse ou tirasse sua vida. Apenas dois dias depois, ela morreu, e eu vi isso como uma resposta clara à oração. Ela morreu com dignidade”.

E o líder protestou: “A medicina mudou muito desde então. Os médicos são capazes de controlar a dor no final da vida com cuidados paliativos. Eu paguei impostos toda a minha vida, então não vejo por que isso não deveria estar disponível para mim”.

Cuidados médicos

Para Philip, o governo deveria oferecer cuidados médicos e não oferecer uma opção de suicídio a pessoas que sofrem de condições incuráveis.

"Sinto por aqueles que querem cometer suicídio, mas, como sociedade, devemos querer fornecer cuidados e remédios em vez de ajudar as pessoas a cometer suicídio. Uma sociedade onde o Estado facilita o suicídio é uma perspectiva horrenda e, francamente, não é o tipo de sociedade em que quero viver”, declarou.

"Se permitirmos que a lei mude para que algumas pessoas possam ter suicídio assistido, ela se ampliará rapidamente para que mais pessoas se qualifiquem para o suicídio assistido. Isso é o que vimos no Canadá, onde pessoas sem nada parecido com uma doença terminal podem ter assistência do estado para cometer suicídio”, advertiu.

Esperança em Jesus

O pastor ressaltou que há esperança em Jesus para um paciente terminal. “Alguns anos atrás, como pastor, fui convidado a visitar um homem que estava em estado terminal. Fui ao hospital, conversei e orei com ele. Ali mesmo ele entregou sua vida a Cristo, e eu vi como ele experimentou uma grande paz em seu coração”, testemunhou.

“Quando saí do hospital para o carro, sua enfermeira me ligou para dizer que ele acabara de morrer. Seu destino eterno havia sido mudado. Imagine se ele tivesse cometido suicídio antes. Seu destino eterno teria sido diferente. Não podemos ajudar as pessoas a tirar suas vidas antes de quando Deus quer que elas vão”.

Philip apelou aos parlamentares para que votem contra a cultura da morte no Reino Unido. 

“Pessoas vulneráveis nunca devem ser apresentadas ao suicídio como uma opção. Devemos cuidar das pessoas e amá-las, não sugerir que cometam suicídio. Espero que os parlamentares votem para matar o projeto de lei - não os doentes”, concluiu ele.

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