Pregar o Evangelho pode se tornar ‘discurso de ódio’, alertam especialistas jurídicos

Dois advogados cristãos americanos alertam sobre a necessidade de orar pelos juízes para que não sejam influenciados pela cultura do mundo.

Fonte: Guiame, com informações de Christian HeadlinesAtualizado: segunda-feira, 9 de maio de 2022 às 13:01
Pastor Louis Giglio. (Foto: Captura de tela/YouTube/Passion City Church)
Pastor Louis Giglio. (Foto: Captura de tela/YouTube/Passion City Church)

“Juízes devem seguir a Constituição e não os caprichos da cultura”, apontaram dois advogados americanos proeminentes, pedindo aos cristãos que orem pela Suprema Corte e por todo sistema judicial.

A preocupação dos especialistas se baseia em que “os princípios da fé cristã estão se tornando cada vez mais impopulares, a cada ano que passa”. 

David Nammo, CEO da Christian Legal Society, e Gregory S. Baylor, conselheiro sênior da Alliance Defending Freedom, fizeram os comentários no Dia Nacional de Oração nos EUA — que foi comemorado no dia 5 de maio, última quinta-feira. 

Como orar pelos juízes e autoridades da lei

“Acho que uma das maneiras específicas de orarmos pelos juízes é pedindo para que eles não sejam sugados pela profunda ‘polarização e tribalismo’ que assola nossa cultura agora”, disse Baylor ao se referir às ideologias e grupos extremistas.

“Não queremos que os juízes se tornem parte disso. Devemos orar para que os juízes façam o trabalho que Deus os chamou para fazer”, continuou.

“Mesmo nas recentes audiências de confirmação da Suprema Corte, houve um consenso de que os juízes não deveriam ser legisladores, nem deveriam ser os principais solucionadores das grandes disputas e debates em nosso país”, apontou Baylor.

“A cultura é cada vez mais hostil ao Evangelho”

De acordo com os advogados, a cultura é cada vez mais hostil aos valores bíblicos. “Os pastores precisam entender que pregar o Evangelho pode um dia se tornar discurso de ódio neste país”, disse Nammo.

Com o alerta de que “em muitos países, essa já é a realidade”, o advogado considera que os cristãos nos Estados Unidos são privilegiados. 

“Somos abençoados por estar neste país. Devemos proclamar o Evangelho sem medo e sem preocupação”, enfatizou ao citar a liberdade de expressão e de religião. 

“Devemos fazer tudo o que pudermos para lutar pelos direitos e liberdades que nos são garantidos na Constituição. O governo é do povo. Os pastores não devem ter medo, mas precisam se atentar para a hostilidade ao cristianismo que já ocorre lá fora”, destacou. 

Ameaça à liberdade de religião

O direito humano de liberdade de religião ou crença, apesar de reconhecido nos mais importantes tratados internacionais, não se encontra efetivado, na prática, em boa parte do mundo, conforme a Anajure (Associação Nacional de Juristas Evangélicos”. 

É um direito que sofre ameaças constantes, por parte de atores estatais e não estatais, através de violência real ou simbólica.

Dada a importância da liberdade religiosa para a realização da justiça e da paz, diversas agências governamentais têm sido criadas com o escopo de monitorar a situação da liberdade religiosa no mundo. 

Paul Diamond, um advogado sênior do Reino Unido com mais de 30 anos de experiência representando cristãos na Suprema Corte e na Corte Europeia de Direitos Humanos, disse que “nunca viu tanta hostilidade ao cristianismo como agora”. 

Ele classifica o tempo atual como assustador e disse que as águas estão muito agitadas. “O paganismo está crescendo, assim como outras religiões que têm seus próprios valores e seu próprio senso de certo e errado”, disse.

Sobre as leis de discurso de ódio, ele afirmou serem “incoerentes” e que deveriam ser removidas: “Ninguém sabe realmente o que é um crime de ódio. E as leis não são aplicadas de forma consistente, por isso acabam não abordando os problemas reais, mas apenas criando mais problemas”, concluiu. 

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