Revista Marie Claire pressiona Hollywood a retratar mais cenas de aborto em seus filmes

As falas e argumentos da redatora foram rebatidas e seu artigo considerado “perturbador, vergonhoso e horrendo”.

Fonte: Guiame, com informações de Christian PostAtualizado: quinta-feira, 22 de julho de 2021 às 18:13
Até janeiro de 2021, mais de 62 milhões de abortos foram realizados nos EUA, desde sua legalização. (Foto: Shutterstock)
Até janeiro de 2021, mais de 62 milhões de abortos foram realizados nos EUA, desde sua legalização. (Foto: Shutterstock)

Em sua campanha insistente pela "descriminalização do aborto”, a revista Marie Claire publicou um artigo pressionando Hollywood a retratar mais pais fazendo o procedimento.

Mesmo com o aumento acentuado no número de abortos retratados através da indústria do entretenimento, em filmes dos anos 2019 e 2020, a redatora Danielle Campoamor ainda acredita que não é suficiente. 

Isso porque as histórias apresentadas em filmes e programas de TV, segundo ela “possuem diferenças entre os personagens fictícios que fazem abortos dos pacientes reais que procuram esses serviços”. 

Ela cita um estudo divulgado, em dezembro do ano passado,  pelo grupo Advancing New Standards in Reproductive Health (Avanço de Novos Padrões em Saúde Reprodutiva), onde aponta 31 programas que apresentavam personagens que fizeram aborto, enquanto somente 12 filmes fizeram o mesmo.

Além disso, ela especifica que “apenas 3 filmes lançados em 2019 retratavam abortos. Suas queixas sobre o número insuficiente de filmes mostram que a Marie Claire, representada pela redatora, quer mais cenas de aborto nas telas.

Argumentos em favor do aborto

Danielle sugere que Hollywood deveria mostrar “menos adolescentes” optando pelo aborto e mais pais correndo atrás desse procedimento, por fazerem parte do público mais comum que recorre ao aborto. 

Ela escreveu que é importante representar os pais fazendo abortos porque “as leis que restringem os procedimentos que interrompem a vida prejudicam as mulheres e também os filhos que elas já criam”, argumentou.

“Estudos mostram que quando os pais não recebem assistência ao aborto, seus filhos têm maior probabilidade de viver abaixo do nível da pobreza ou num lar que não tem dinheiro suficiente para pagar por alimentação, moradia e transporte”, escreveu.

Ela continuou usando “os estudos” para mostrar que “os Estados que possuem legislação mais severa contra o aborto possuem as piores taxas de mortalidade materna e infantil”. 

Movimento pró-vida responde à Marie Claire

Muitos defensores pró-vida contestaram os argumentos e as falas da redatora. Mary Margaret Olohan, do Daily Caller, condenou Marie Claire por publicar um artigo cuja autora “argumenta que os pais pobres deveriam abortar seus bebês em gestação para o benefício dos irmãos da criança”. 

Abigail Marone, secretária de imprensa do senador Josh Hawley, chamou o artigo da revista de “perturbador”, acrescentando: “Uma vida humana não é menos valiosa porque seus pais têm menos dinheiro. Esse argumento é vergonhoso”, disse em suas redes sociais. 

Lila Rose, fundadora e presidente do grupo de defesa pró-vida, Live Action, repreendeu a redatora da Marie Claire por seu “artigo horrendo”. “Muitos roteiristas de filmes estão tentando agressivamente fazer lavagem cerebral em suas audiências para abraçar o aborto. A única maneira de fazer isso? Mentir sobre a humanidade dos bebês”, argumentou.

“Se existe um deus, eu acredito que deus ama o aborto”

Danielle, por sua vez, acessou o Twitter para chamar a Fox News e Lila Rose para discutir o artigo. Ela repreendeu a Fox News por publicar mentiras anti-aborto, pseudociência e estigma, através da fundadora da Live Action.

“A verdade sobre o aborto é que é normal, comum, seguro e salva vidas. E o paciente de aborto mais comum é aquele que já tem um filho em casa”, continuou. “Nós somos especialistas em nossas vidas. Somente nós", afirmou.

Em um tópico anterior do Twitter, a escritora da Marie Claire já havia criticado a Fox News por comentar seu artigo pró-aborto e por condenar aqueles que se opõem ao aborto por causa de suas convicções baseadas na fé. 

Ela disse que não se arrepende de forma alguma de sua decisão de ter feito um aborto, chamando-o de “uma das melhores decisões que já tomei” e depois argumentou que, se não tivesse abortado, “não seria a mãe que sou hoje para meus dois filhos incríveis”. 

“Seu relacionamento com seu deus não significa nada [palavrão] quando se trata de tomar minhas próprias decisões”, acrescentou. “Então, me dizer que vou 'queimar no inferno' ou 'enfrentar o julgamento de Deus' ou qualquer variação do que foi mencionado anteriormente não adianta nada. Se existe um deus, eu acredito que deus ama o aborto”, concluiu.

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