A teóloga Alisa Childers apontou os cinco sinais de uma igreja que está abraçando o cristianismo progressista.
Segundo a apologeta – que já congregou em uma igreja que acabou se tornando progressista –, é difícil definir exatamente o que é ser um cristão progressista, devido à diversidade de crenças, mas existem sinais que os membros podem ficar atentos.
1. Rejeição da autoridade da Bíblia
O primeiro sinal é rejeitar a autoridade da Bíblia como a Palavra revelada de Deus. “O Cristianismo Progressista geralmente abandona estes termos, enfatizando a crença pessoal sobre o mandato bíblico”, explicou Alisa.
Algumas frases usadas são: “A Bíblia é um livro humano”, “Discordo do apóstolo Paulo nesse assunto” e “A Bíblia ‘contém’ a Palavra de Deus”.
2. Ênfase em opiniões e sentimentos
O segundo sinal é a ênfase nos sentimentos, opiniões pessoais e experiências acima dos fatos.
“À medida que a Bíblia deixa de ser vista como a palavra definitiva de Deus, o que uma pessoa sente ser verdade se torna a autoridade máxima para a fé e a prática”, explicou a teóloga.
É comum ouvir em igrejas progressistas falas como: “Eu achava que a homossexualidade era um pecado até que conheci e fiz amizade com alguns gays” ou “Eu simplesmente não posso acreditar que Jesus enviaria pessoas boas para o inferno”.
3. Doutrinas fundamentais relativizadas
O terceiro sinal de um “evangelho” progressista é a relativização das doutrinas fundamentais da fé cristã.
Para os progressistas, é aceitável reinterpretar a Bíblia em questões morais polêmicas, como aborto e homossexualidade. E questionar os dogmas centrais do cristianismo, incluindo a concepção virginal e a ressurreição corporal de Jesus.
É comum afirmarem que: “A ressurreição de Jesus não precisa ser factual para falar a verdade” e “A ideia de um inferno literal é ofensiva para os não-cristãos e precisa ser reinterpretada”.
4. Amor distorcido
O quarto sinal citado pela apologeta é a redefinição de termos históricos da Igreja, como “inerrância” e “autoridade” em relação às Escrituras.
“Outra palavra que tende a sofrer uma transformação progressiva é a palavra ‘amor’. Quando retirado de seu contexto bíblico, se torna um termo genérico para tudo que não é confrontativo, é agradável e afirmativo”, destacou Alisa.
E acrescentou: “Comentários que você pode ouvir: ‘Deus não puniria os pecadores, Ele é amor’. ‘Não é nosso trabalho falar com ninguém sobre o pecado, é nosso trabalho apenas amá-los’”.
5. Justiça social
O último sinal de uma igreja progressista é que ela muda o ponto central do Evangelho – a redenção dos pecadores – para a justiça social.
“Muitos cristãos progressistas hoje consideram o conceito de que Deus deseja que seu Filho morra na cruz embaraçoso ou até mesmo terrível. Às vezes chamada de ‘abuso infantil cósmico’, a ideia da expiação pelo sangue é menosprezada ou totalmente negada, com a justiça social e as boas obras entronizadas em seu lugar”, explicou Alisa.
E ressaltou: “Não há dúvida de que a Bíblia nos ordena a cuidar dos desafortunados e defender aqueles que são oprimidos. Esta é uma parte muito real e profundamente importante do que significa viver a nossa fé cristã. Contudo, a mensagem central do Evangelho é que Jesus morreu pelos nossos pecados, foi sepultado e ressuscitou, e assim nos reconciliou com Deus. Esta é a mensagem que verdadeiramente trará liberdade aos oprimidos”.
Perigo sutil
Para a teóloga, o cristianismo progressista é sútil e pode ser apresentado misturado com verdades.
“Ele pode ser persuasivo e sedutor, mas é um ataque à estrutura fundacional do cristianismo, o deixando desarmado do seu poder salvador”, comentou ela.
“Não deveríamos ficar surpresos ao descobrir que algumas dessas ideias se infiltram em nossas igrejas. Jesus nos advertiu: ‘Cuidado com os falsos profetas’ que ‘vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos ferozes’”, alertou.
E aconselhou aqueles que enxergarem esses sinais em sua própria igreja: “Talvez seja hora de orar para encontrar comunhão em uma comunidade eclesial mais fiel à Bíblia”.
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