Teóloga aponta 5 sinais de uma igreja que está abraçando o cristianismo progressista

Segundo Alisa Childers, o “evangelho progressista" relativiza as doutrinas fundamentais da fé cristã.

Fonte: Guiame, com Alisa Childers BlogAtualizado: quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024 às 11:19
A teóloga Alisa Childers. (Foto: Facebook/Alisa Childers).
A teóloga Alisa Childers. (Foto: Facebook/Alisa Childers).

A teóloga Alisa Childers apontou os cinco sinais de uma igreja que está abraçando o cristianismo progressista.

Segundo a apologeta – que já congregou em uma igreja que acabou se tornando progressista –, é difícil definir exatamente o que é ser um cristão progressista, devido à diversidade de crenças, mas existem sinais que os membros podem ficar atentos.

1. Rejeição da autoridade da Bíblia

O primeiro sinal é rejeitar a autoridade da Bíblia como a Palavra revelada de Deus. “O Cristianismo Progressista geralmente abandona estes termos, enfatizando a crença pessoal sobre o mandato bíblico”, explicou Alisa.

Algumas frases usadas são: “A Bíblia é um livro humano”, “Discordo do apóstolo Paulo nesse assunto” e “A Bíblia ‘contém’ a Palavra de Deus”.

2. Ênfase em opiniões e sentimentos

O segundo sinal é a ênfase nos sentimentos, opiniões pessoais e experiências acima dos fatos. 

“À medida que a Bíblia deixa de ser vista como a palavra definitiva de Deus, o que uma pessoa sente ser verdade se torna a autoridade máxima para a fé e a prática”, explicou a teóloga.

É comum ouvir em igrejas progressistas falas como: “Eu achava que a homossexualidade era um pecado até que conheci e fiz amizade com alguns gays” ou “Eu simplesmente não posso acreditar que Jesus enviaria pessoas boas para o inferno”.

3. Doutrinas fundamentais relativizadas

O terceiro sinal de um “evangelho” progressista é a relativização das doutrinas fundamentais da fé cristã.

Para os progressistas, é aceitável reinterpretar a Bíblia em questões morais polêmicas, como aborto e homossexualidade. E questionar os dogmas centrais do cristianismo, incluindo a concepção virginal e a ressurreição corporal de Jesus.

É comum afirmarem que: “A ressurreição de Jesus não precisa ser factual para falar a verdade” e “A ideia de um inferno literal é ofensiva para os não-cristãos e precisa ser reinterpretada”.

4. Amor distorcido

O quarto sinal citado pela apologeta é a redefinição de termos históricos da Igreja, como “inerrância” e “autoridade” em relação às Escrituras.

“Outra palavra que tende a sofrer uma transformação progressiva é a palavra ‘amor’. Quando retirado de seu contexto bíblico, se torna um termo genérico para tudo que não é confrontativo, é agradável e afirmativo”, destacou Alisa.

E acrescentou: “Comentários que você pode ouvir: ‘Deus não puniria os pecadores, Ele é amor’. ‘Não é nosso trabalho falar com ninguém sobre o pecado, é nosso trabalho apenas amá-los’”.

5. Justiça social

O último sinal de uma igreja progressista é que ela muda o ponto central do Evangelho – a redenção dos pecadores – para a justiça social.

“Muitos cristãos progressistas hoje consideram o conceito de que Deus deseja que seu Filho morra na cruz embaraçoso ou até mesmo terrível. Às vezes chamada de ‘abuso infantil cósmico’, a ideia da expiação pelo sangue é menosprezada ou totalmente negada, com a justiça social e as boas obras entronizadas em seu lugar”, explicou Alisa.

E ressaltou: “Não há dúvida de que a Bíblia nos ordena a cuidar dos desafortunados e defender aqueles que são oprimidos. Esta é uma parte muito real e profundamente importante do que significa viver a nossa fé cristã. Contudo, a mensagem central do Evangelho é que Jesus morreu pelos nossos pecados, foi sepultado e ressuscitou, e assim nos reconciliou com Deus. Esta é a mensagem que verdadeiramente trará liberdade aos oprimidos”.

Perigo sutil

Para a teóloga, o cristianismo progressista é sútil e pode ser apresentado misturado com verdades.

“Ele pode ser persuasivo e sedutor, mas é um ataque à estrutura fundacional do cristianismo, o deixando desarmado do seu poder salvador”, comentou ela.

“Não deveríamos ficar surpresos ao descobrir que algumas dessas ideias se infiltram em nossas igrejas. Jesus nos advertiu: ‘Cuidado com os falsos profetas’ que ‘vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos ferozes’”, alertou.

E aconselhou aqueles que enxergarem esses sinais em sua própria igreja: “Talvez seja hora de orar para encontrar comunhão em uma comunidade eclesial mais fiel à Bíblia”.

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