Com apenas 8 anos, Joey Ortiz fez do álcool seu consolo e refúgio para os espancamentos que sofria do próprio pai.
“Ele era muito abusivo não apenas verbalmente, mas fisicamente. Quando minha mãe estava no trabalho, ele me batia com um chicote. O mesmo chicote que ele usaria nos puros-sangues que costumava montar”, contou Joey, em entrevista à CBN News.
O vício iniciado precocemente na infância iria acompanhar Ortiz durante 30 anos. Na adolescência, ele encontrou no futebol um escape para sua raiva e agressividade.
“Me deu essa sensação de invencibilidade onde eu não podia errar. Parecia que tudo o que eu fazia estava funcionando da maneira certa. Eu encontrei esse desejo de melhorar e fazer um nome para mim e realmente me destacar nisso”, disse.
Mesmo se tornando uma estrela do futebol americano na escola, Joey sofria com a dor emocional e o alcoolismo.
“Eu estava infeliz tentando preencher um vazio com o consumo de álcool e maconha. Eu estava apenas tentando preencher esse buraco e nunca consegui preenchê-lo. Não importava o que eu fizesse, eu me sentia bem por 30 minutos e depois me sentia miserável”, revelou ele.
Seu talento no esporte levou Joey à jogar em uma grande universidade, após se formar no ensino médio. Porém, antes de iniciar a primeira temporada, seus sonhos foram destruídos por um acidente de carro.
Sonhos destruídos em um acidente
“Estávamos no acostamento da estrada e um carro veio correndo pela estrada, e eu nem vi ou ouvi, provavelmente porque eu estava bêbado. Mas, ele me atingiu com tanta força que me lançou por 22 metros. Eu caí na rua e todos pensaram que eu estava morto”, lembrou.
Ortiz foi levado ao hospital com ferimentos graves, correndo risco de morte. O jovem entrou em coma por três dias e teve vários ossos quebrados. Cinco meses após o acidente, Joey voltou a jogar futebol, em uma recuperação surpreendente.
Entretanto, ele já não era uma estrela do esporte, tinha perdido a oportunidade e passou a jogar em uma pequena faculdade. “Fiquei com o coração partido e decepcionado. Eu tinha trabalhado tanto e me esforcei muito. E ser rebaixado para a segunda fila realmente partiu meu coração”, revelou.
Sofrendo por seus sonhos perdidos, Joey se afundou no álcool e na cocaína. Depois de quase morrer por overdose, ele parou de usar drogas, mas continuou bebendo.
“A bebida me levou por um caminho de desespero, imprudência, prisão e hospitalizações. Andei por aí desde 1991 com um jugo nas costas porque estava me batendo por ser atropelado por um carro”, disse.
Entregando o fardo a Jesus
Certo dia, durante um jogo de ex-alunos, um dos treinadores convidou Joey para ir a sua igreja. Ele aceitou o convite porque ansiava por uma mudança em sua vida e não via a hora do dia do culto chegar.
“Os dias não passavam rápido o suficiente para eu chegar lá. Eu estava ansioso e meu coração estava aberto pela primeira vez. Cheguei uma hora mais cedo para a igreja. Eu sentei lá e apenas os escutei”, afirmou ele.
Joey foi tocado por Deus e sentiu o consolo do Espírito Santo, que não se comparava ao falso consolo que ele havia buscado no álcool e em drogas. Naquele culto, o atleta se rendeu a Jesus.
“Eles oraram por mim e eu tirei aquele peso das minhas costas e dei a Jesus e deixei Ele lidar com isso. Foi o melhor dia da minha vida”, testemunhou.
O vazio que Joey sentia foi preenchido por Deus. “Eu estava cheio por causa de Jesus Cristo e do Espírito Santo. Eu estava cheio de seu amor, compaixão e misericórdia”, declarou.
O atleta foi libertado do alcoolismo que lhe escravizou por 30 anos e, com a ajuda de Deus, conseguiu perdoar o seu pai. “Eu não sou nada sem Ele. Todas as coisas que conquistei, troféus, todas as estrelas. Tudo isso não é nada”, concluiu o cristão.
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