Yudi fala sobre evangelismo no Japão: “Para eles, temos que pregar em atitudes”

Em entrevista ao Guiame durante a Expoevangélica 2024, o artista cristão falou sobre os desafios de evangelizar no país de sua descendência.

Fonte: Guiame, Cássia de OliveiraAtualizado: sexta-feira, 19 de julho de 2024 às 13:29
Yudi na Expoevangélica 2024. (Foto: Guiame).
Yudi na Expoevangélica 2024. (Foto: Guiame).

O cantor e artista cristão Yudi Tamashiro falou sobre sua jornada com Cristo desde que se converteu há 8 anos, em entrevista ao Guiame, durante a Expoevangélica 2024, em Fortaleza.

Ele lembrou como Deus o resgatou de uma vida de pecado no mundo e o fez uma nova criatura.

“Foi num momento que eu estava bem perdido. Deus me ouviu e eu senti paz, e as coisas começaram a fluir ao natural”, testemunhou ele.

No início de sua jornada cristã, Yudi comentou que falhou por muitas vezes, mas o Senhor sempre o alcançou com misericórdia.

“Eu caí algumas vezes, mas cada queda é aquele choro, é aquela entrega, é aquele perdão que você recebe. E você fala: ‘Caramba! Se fosse eu, não perdoaria’. Mas Ele me perdoa, Ele é tão bom que faz isso por mim”, refletiu.

Assista a entrevista completa:

Chamado para o evangelismo

O artista, que tem realizado vários evangelismos nas ruas junto com sua esposa Mila, revelou que desde o início de sua conversão, teve o desejo de pregar Jesus e promoveu diversas ações, que não foram divulgadas na época.

“Quando me converti, lembro que eu rodava todas as comunidades, mas não postava, porque achava que as pessoas iam falar: ‘Ah, está mostrando para falar que está fazendo’”, explicou ele.

“Mas já fui em presídio, eu lembro até hoje. A hora que eu entrei, o diretor colocou todos os moleques no pátio. O pátio inteiro da cadeia gritando: ‘Playstation!’. Quando eu comecei a pregar, os moleques começaram a prestar mais atenção e aí foi aquele choro. Porque é muito impactante, aqueles meninos me viam na televisão, agora estavam presos, e de repente me encontram falando do amor de Cristo. Gerou um impacto real dentro deles”, contou Yudi.

Desde então, Tamashiro não parou de pregar. “Rodei várias comunidades e casas. Eu prego em todos os lugares, desde Alphaville até a quebrada, do barraco à mansão, não importa”, comentou.

Para Yudi, seu testemunho de conversão e sua fama entre os jovens, se tornou uma ferramenta nas mãos de Deus para alcançar a juventude.

“Todos esses anos dedicados à arte serviram para chamar a atenção das pessoas. Durante um bom tempo, eu não queria ser visto como artista, não queria fazer mais nada na arte porque eu queria só pregar”, confessou.

“Mas, a música é a forma mais rápida de chamar a atenção do jovem, para a Palavra de Deus ser pregada. É isso que tenho feito e farei a minha vida inteira”, declarou.

Missão no Japão

O cantor – que já fez uma viagem missionária para o Japão, país de sua descendência – disse que está comprometido a cumprir o propósito de Deus para sua vida, tanto no Brasil como na nação japonesa.

“Cada um carrega uma missão. Se eu nasci com esse sangue brasileiro-japonês, tem um porquê. Hoje tenho uma clareza do meu chamado, que é pregar no Japão e no Brasil”, concluiu.

Yudi explicou a dificuldade de compartilhar Jesus no Japão, que possui uma cultura muito fechada.

“É um dos países menos evangelizados do mundo. É bem complicado, quando você fala ‘Jesus te ama’, o japonês fala: ‘Quem é Jesus?’. Aqui no Brasil, já nascemos entendendo [quem é] Jesus. No Japão, eu tenho que explicar que existe um Deus Todo Poderoso, que Ele desceu na Terra, morreu por todos nós. A cabeça do japonês buga na hora”, disse.

E completou: “Para o japonês, temos que pregar em atitudes e, principalmente, precisamos entender que há uma cultura milenar enraizada. Precisamos primeiro entender a cultura local para depois compartilhar o que falta neles”.

Segundo o cantor, o Japão sofre com alto índice de suicídio devido a uma cultura de não expressar afeto, nem mesmo entre a própria família.

“A necessidade de amar e ser amado nós só encontramos em Jesus. O meu esforço total é compartilhar isso com os japoneses”, afirmou.

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