Anúncios pregam sobre Jesus a milhões de pessoas no Super Bowl

A campanha “He gets us” foi idealizada para compartilhar sobre Jesus com os milhões de espectadores do Super Bowl.

Fonte: Guiame, com informações da Fox NewsAtualizado: segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023 às 16:26
Painel com propagada da campanha “He Gets Us”. (Foto: Facebook/ He Gets Us)
Painel com propagada da campanha “He Gets Us”. (Foto: Facebook/ He Gets Us)

O Super Bowl, evento mais assistido nos EUA, exibiu pela primeira vez anúncios promovendo o cristianismo e Jesus Cristo. Este ano, o jogo final da temporada da NFL (Liga Nacional de Futebol Americano) aconteceu no domingo (12).

Na competição, o Kansas City Chiefs venceu o Philadelphia Eagles com um placar de 38 a 35.

A família que controla a rede de lojas Hobby Lobby, juntamente com grupos cristãos e outros doadores anônimos, anunciou uma campanha de US$ 20 milhões para adquirir dois espaços publicitários durante o Super Bowl na sexta-feira.

Os anúncios tinham como objetivo principal transmitir a mensagem “He gets us” (“Ele nos entende”, em português), com o intuito de alcançar milhões de espectadores e pregar que Jesus entende as dores do ser humano.

A campanha foi originalmente divulgada em março de 2022, com um plano de investir US$ 2 bilhões nos próximos anos para promover o cristianismo.

"Achamos que Jesus é um grande negócio e queremos fazer disso um grande alarde", disse o porta-voz da campanha, Jason Vanderground. "Que melhor maneira de fazer isso do que colocá-lo no maior momento cultural que temos o ano inteiro?"

Jesus como um refugiado

Segundo a Fox News, os anúncios no Super Bowl promovendo o cristianismo atraíram várias reações negativas.

Antes da exibição dos anúncios, eles foram intensamente discutidos nas mídias sociais, pois representavam Jesus como um refugiado vítima de estereótipos equivocados, buscando alcançar grupos marginalizados que historicamente se sentiram distantes do cristianismo. Por outro lado, o outro anúncio incentivava os espectadores a "serem como crianças" ao aceitar a Cristo.

À medida que a noite avançava, as reações aos anúncios se tornaram cada vez mais negativas, com usuários do Twitter criticando ou ridicularizando o que consideravam uma tentativa falsa de promover a religião.

Allie Beth Stuckey, apresentadora de podcast e conservadora, escreveu: "Enquanto eu oro para que Deus use os anúncios Ele nos leva para trazer as pessoas a Cristo, a campanha apresenta um Jesus falso e mundano em vez de apontar as pessoas para o verdadeiro Evangelho."

O ateu Nick Fish tuitou: "Enquanto você assiste ao #SuperBowl, apenas um lembrete de que a campanha 'He Gets Us' é financiada pelas mesmas pessoas que financiaram o extremismo anti-LGBTQ, anti-escolha, anti-imigrante e antidemocracia do cristianismo. Movimento nacionalista".

"Como um cristão orgulhoso, achei o anúncio do Super Bowl de Jesus bastante assustador", comentou o delegado do Biden DNC, Christopher Hale.

Tommy Vietor, ex-funcionário de Barack Obama, brincou: "Jesus tem um grande orçamento de marketing".

Boas-vindas

Por outro lado, alguns usuários de mídias sociais elogiaram os anúncios e expuseram opiniões positivas.

O pastor Max Lucado promoveu a redação do anúncio: "Jesus deu as boas-vindas a todos à mesa".

A herdeira da Disney, Abigail Disney, comentou: "O primeiro anúncio de Jesus foi legal para mim. Odeio que a direita cristã me faça presumir que o dia deles vai ser algo terrível o tempo todo."

"Adorei o comercial @HeGetsUs. O melhor até agora", tuitou a estrategista de comunicações Karen Dumas.

"Os dois melhores anúncios até agora pertencem a @HeGetsUs e @MichelobUltra", escreveu Scott Jennings, colaborador da CNN.

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