Cristãos são perseguidos em ritmo comparado ao primeiro século, diz relatório dos EUA

A Comissão dos EUA sobre Liberdade Religiosa Internacional destaca fatos e números de proporções bíblicas.

Fonte: Guiame, com informações da CBN NewsAtualizado: terça-feira, 27 de abril de 2021 às 12:46
Com o rosto vendado, homem é crucificado por dois carrascos do Estado Islâmico. (Foto: Reprodução/Daily Mail)
Com o rosto vendado, homem é crucificado por dois carrascos do Estado Islâmico. (Foto: Reprodução/Daily Mail)

Os cristãos estão sendo perseguidos em todo o mundo em um ritmo nunca visto desde o primeiro século, segundo um membro da Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF, na sigla em inglês).

Um relatório da USCIRF sobre perseguição religiosa foi publicado na quarta-feira passada (21), destacando fatos e números de proporções bíblicas:

- 50.000 cristãos estão detidos em campos de prisioneiros da Coreia do Norte;

- Cerca de 3.000 meninas e mulheres yazidis estão desaparecidas no Iraque;

- 130.000 muçulmanos estão em campos de internamento em Mianmar;

- Até 3 milhões de muçulmanos uigures estão em campos de concentração na China.

“Por um orçamento muito pequeno, todo ano o governo dos EUA lança esta bomba na comunidade de direitos humanos, que reverbera em todos os cantos do mundo”, disse Johnnie Moore à CBN News. 

Moore é um pastor ativista pela liberdade religiosa e um dos nove comissários nomeados para a USCIRF.

“Em nosso primeiro relatório, há 22 anos, levantamos preocupação sobre o que o Partido Comunista Chinês já estava fazendo à comunidade uigur, mas o mundo não prestou atenção”, explicou Moore.

Agora, o regime comunista da China trabalha para reprogramar uma comunidade inteira enquanto sujeita alguns de seus próprios cidadãos a procedimentos bárbaros, como a extração de órgãos.

“Eles estão até promovendo e comercializando os órgãos uigures para países de maioria muçulmana”, observou Nury Turkel, comissário da USCIRF e muçulmano uigur que experimentou na pele a perseguição na China.

“Eles consideram duas religiões: o Islã e o Cristianismo eram particularmente problemáticos para a sobrevivência e existência do partido comunista”, disse Turkel em uma entrevista coletiva.

Entre os países de preocupação particular identificados pelo relatório, dez já foram designados pelo Departamento de Estado dos EUA: Mianmar, China, Eritreia, Irã, Nigéria, Coreia do Norte, Paquistão, Arábia Saudita, Tadjiquistão e Turcomenistão.

A USCIRF recomenda adicionar Índia, Rússia, Síria e Vietnã à lista. A Turquia, aliada dos EUA e da OTAN, é listada como infratora de nível dois.  

“Não vamos deixá-los dormir uma noite sem gritar com toda a força dos nossos pulmões, de uma forma bipartidária, republicana e democrata, para ter certeza de que podem fazer o que escolheram, mas não vão fazer às escondidas”, destacou Moore.

Os comissários apontaram que a pandemia aumentou o fardo, já que muitas minorias religiosas foram responsabilizadas pelo surto.

“É hora de os cristãos fazerem o que o apóstolo Paulo os chamou a fazer, que é orar por aqueles que estão na prisão como se estivéssemos lá com eles”, incentivou o pastor.

Moore, junto com seus oito colegas comissários, incentiva o governo Biden a preencher uma série de cargos vagos dedicados a pressionar os países que perseguem seu povo.

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