Empresário acha Bíblia ‘aberta e seca’ em meio a lamaçal que inundou serraria durante enchente

A Bíblia ficava aberta no escritório da fábrica de móveis planejados e foi praticamente o único pertence que sobrou após temporal em Jaú (SP).

Fonte: Guiame, com informações do G1Atualizado: segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022 às 12:18
Empresário encontrou a Bíblia em meio a lamaçal que inundou serraria durante enchente. (Foto: Arquivo pessoal)
Empresário encontrou a Bíblia em meio a lamaçal que inundou serraria durante enchente. (Foto: Arquivo pessoal)

A fábrica de móveis planejados de propriedade de Sebastião Reinaldo Diorgi, de 56 anos, que fica em Jaú (SP), ficou completamente destruída pelo temporal que caiu na cidade no último domingo (30). Ao entrar no local, o empresário se deparou com um cenário de devastação, que só não foi completo porque praticamente um único pertence resistiu à enchente que invadiu o local: uma Bíblia que ficava no escritório da empresa.

O temporal deixou um rastro de destruição na cidade, uma pessoa morta e um homem desaparecido, além de ter destruído a serraria que Diorgi mantém em sociedade com seu irmão gêmeo há 21 anos.

Sebastião Reinaldo Diorgi na porta de sua serraria. (Foto: Arquivo pessoal)

O empresário conta que logo pela manhã daquele domingo a água já havia atingido cerca de 2,20 metros de altura, destruindo maquinários da serraria e muitos produtos como armários e balcões já prontos para serem instalados nas casas dos clientes, além de todo a matéria-prima do negócio, placas de madeira.

Quando a água baixou, o empresário começou a revirar o lamaçal que sobrou e, em meio a papeis e documentos da empresa inutilizados pela lama, ele encontrou a Bíblia que ficava no escritório aberta. Ela estava seca e limpa.

“Isso [achar a Bíblia intacta] foi um sinal de que não devemos perder a fé de que vamos nos recuperar. Deus é tudo pra nossa família, meu irmão é ministro de eucaristia, eu faço pregações, e o que aconteceu aqui é a mensagem de que, enquanto a gente estiver vivo e com saúde, a gente consegue se recuperar”, disse o empresário.

Segundo Sebastião Diorgi, o prejuízo estimado com a enchente é de cerca de R$ 75 mil, entre maquinários e material destruídos. Mesmo assim, ele garante que pretende se reerguer para poder cumprir todos os compromissos assumidos com seus clientes.

“Perdemos tudo aqui na fábrica, até o cofre que tinha um pouco de dinheiro e cheques rodou na enchente. Mas não perdemos a fé. Vamos remontar o negócio e cumprir os compromissos”, disse.

Segundo balanço desta sexta-feira da Defesa Civil de Jaú, quase 1,5 mil pessoas foram impactadas pelas enchentes. A água entrou em pelo menos 592 casas.

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