O Ministério da Saúde do Japão aprovou o uso de pílula abortiva na sexta-feira (28).
O aborto até 22 semanas de gestação no país já é permitido desde 1948, através de procedimento cirurgico. Com a nova decisão, as possibilidades das japonesas interromperem a gravidez foram aumentadas.
Em comunicado, o Ministério da Saúde anunciou que autorizou a venda da pílula abortiva do laboratório britânico Linepharma.
A empresa farmacêutica havia feito um pedido de autorização no Japão, em dezembro de 2021.
A pílula, que é vendida em outros países como os Estados Unidos, é composta pela combinação das drogas mifepristona e misoprostol.
A primeira atua sobre o hormônio progesterona, interrompendo o desenvolvimento da gestação. E o misoprostol provoca contrações e sangramento.
O uso do medicamento será permitido para abortar bebês de até nove semanas. Segundo a TV pública NHK, o valor total da pílula abortiva junto com uma consulta médica será de cerca de R$ 3.700 reais.
Indústria do aborto
A mesma pílula abortiva já é vendida em farmácias nos EUA, após a autorização da Agência Americana de Medicamentos (FDA), em janeiro.
Lembrando que, em junho de 2022, a Suprema Corte anulou a decisão histórica “Roe vs Wade”, que reconhecia o direito constitucional da mulher ao aborto.
Mesmo com a derrubada da lei pró-aborto, no entanto, houve a autorização da venda das pílulas como uma medida que poderá expandir significativamente o acesso ao aborto nos EUA.
Defensores pró-vida estão fazendo alertas sobre o quanto o aborto é prejudicial às mulheres, tanto o procedimento quanto as drogas ingeridas.
Prejudicial às mulheres
“A indústria do aborto não empodera as mulheres. Ela lucra com a violência cometida contra as mães e seus filhos ainda não nascidos”, twittou o March for Life (Marcha Para a Vida — movimento americano de apoio à vida).
Para a ex-diretora da Planned Parenthood (maior rede de clínicas de aborto dos EUA) que se tornou defensora pró-vida, Abby Johnson, a realidade é que embora o lobby do aborto diga que essa medida é um grande passo à frente para as mulheres, na verdade é apenas um passo à frente para aqueles que fabricam as pílulas abortivas.
“Porque significa mais dinheiro para eles, que nem se importam com o que vai acontecer com as mulheres que vão tomar essas pílulas. Eles não querem saber o que acontece quando elas deitam no chão do banheiro e pensam que estão morrendo”, disparou.
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