Líder da Igreja Luterana nos EUA divulga carta a favor do aborto

A Bispa Elizabeth Eaton afirmou que o aborto deve ser legal e se posicionou contra a anulação da prática pela Suprema Corte.

Fonte: Guiame, com informações do The Christian Post Atualizado: terça-feira, 24 de maio de 2022 às 19:24
Elizabeth Eaton se posicionou contra a anulação do direito ao aborto pela Suprema Corte dos EUA. (Foto: ELCA).
Elizabeth Eaton se posicionou contra a anulação do direito ao aborto pela Suprema Corte dos EUA. (Foto: ELCA).

A líder da Igreja Luterana dos Estados Unidos (ELCA, na sigla em inglês) emitiu uma carta defedendo o aborto e se posicionando contra a possível anulação do direito a interrupção da gravidez pela Suprema Corte americana.

Na terça-feira (17), em uma mensagem pastoral no site da denominação, a Bispa Elizabeth Eaton afirmou que “qualquer pessoa que engravidou inesperadamente tem arbítrio moral para discernir o que fazer”.

Eaton lembrou que a declaração social da ELCA, de 1991, afirma que o aborto deve ser legal, regulamentado e acessível. 

“Enquanto esta igreja anseia por um futuro com menos abortos a cada ano, a declaração social aponta que proibir todos ou quase todos os abortos não é a maneira de fazer isso”, escreveu a líder.

“A ELCA se opõe tanto à 'falta total de regulamentação do aborto' quanto à 'legislação que proibiria o aborto em todas as circunstâncias'”.

A declaração da bispa acontece após o vazamento de documentos da Suprema Corte dos EUA, indicando a provável anulação do direito ao aborto neste ano. O vazamento provocou uma série de manifestações pró-aborto.  

Na carta, a bispa Elizabeth condena a derrubada da lei Roe vs. Wade, que permite o aborto nos EUA, pela Suprema Corte.

“Essa decisão não apenas causaria graves danos a muitas pessoas com gestações inesperadas, mas também poderia criar outros problemas. Provavelmente colocará em risco ou causará a morte de pessoas que precisam de um aborto”, declarou.

E acrescentou: “E as bases legais estabelecidas por qualquer decisão desse tipo ameaçam o acesso das pessoas ao controle de natalidade, casamento entre pessoas do mesmo sexo, direitos de voto e seu direito à privacidade”.

O pastor Tom Brock, ex-membro da ELCA, condenou a posição antibíblica da líder luterana.

“A bispa Eaton está esquecendo as muitas crianças não nascidas cujas vidas seriam salvas da destruição do aborto. A declaração de Eaton mal menciona o feto. 'Não matarás' não é encontrado em nenhum lugar na carta 'pastoral' de Eaton”, criticou Brock.

E denunciou: “Acredito que Jesus, que disse 'Se você fizer isso ao menor destes meus irmãos, você o fará a mim' (Mateus 28:40), está sofrendo com o que a ELCA se tornou: um defensor de Roe v. Wade que matou 62 milhões de crianças não nascidas desde 1973.

Lei Roe vs. Wade

A Suprema Corte americana, de tendência conservadora, deve decidir sobre um caso que pode derrubar Roe vs. Wade, uma decisão judicial de 1973 que legalizou o aborto nos EUA.

Se a lei for revogada, cada estado dos EUA pode ter permissão para determinar suas próprias regras de aborto, com mais de 20 estados esperados para limitar o atendimento ao aborto ou até mesmo proibir o aborto na maioria dos casos.

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