Monumento de Anne Frank é pichado com “Gaza” em Amsterdã

A estátua da menina judia, vítima do Holocausto, está localizada em um parque na Holanda.

Fonte: Guiame, com informações de CNNAtualizado: quarta-feira, 10 de julho de 2024 às 20:05
Estátua de Anne Frank em Amsterdã. (Foto: Reprodução/X/@mrconfino/Wikimedia Commons/Citius Altius Fortius).
Estátua de Anne Frank em Amsterdã. (Foto: Reprodução/X/@mrconfino/Wikimedia Commons/Citius Altius Fortius).

Um monumento de Anne Frank – uma menina judia vítima do Holocausto – foi pichada com a palavra “Gaza”, em Amsterdã, na Holanda.

De acordo com a CNN, a pichação foi feita com tinta vermelha na base da estátua em um parque, localizada próximo a casa que Anne e sua família moravam antes de serem obrigados a se esconderem do regime nazista.

O monumento mostra Anne Frank vestida com várias roupas com duas malas pequenas, representando o temor da sua família de carregar muitas malas e serem pegos.

Um porta-voz da polícia de Amsterdã informou à CNN que receberam a denúncia de vandalismo na tarde de terça-feira (9) e o caso está sendo investigado. Ninguém foi preso até o momento.

"Os policiais foram até a estátua, viram as pichações e iniciaram uma investigação", afirmou. 

A prefeita de Amsterdã, Femke Halsema, condenou o ato de vandalismo. “Nenhum palestino foi ajudado por manchar sua estátua tão preciosa", criticou ela, em publicação no Instagram.

"Esta jovem, que foi brutalmente assassinada pelos nazistas aos 15 anos, nos lembra a nós e à nossa cidade todos os dias de humanidade e gentileza, nas circunstâncias mais difíceis. Quem quer que fosse, que vergonha! Não há desculpa para isso", acrescentou.

O diário de Anne Frank se tornou um best-seller que mostrou os horrores do Holocausto ao mundo. 

Ela, sua família e outros judeus se esconderam por quase dois anos em um anexo secreto até serem descobertos em 1944. Anne Frank foi morta no campo de Bergen Belsen aos 15 anos.

O antissemitismo aumentou desde o início da guerra Israel-Hamas. Segundo o relatório anual referente ao período de 2023 a janeiro de 2024 sobre o combate ao antissemitismo, publicado pelo Ministério da Diáspora em conjunto com a Organização Sionista Mundial e a Agência Judaica, os incidentes antissemitas aumentaram em 235% em todo o mundo. 

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