Pai morreu a tiros para proteger seu filho de 2 anos em massacre nos EUA

A mãe do menino também morreu durante o tiroteio e o avô conta como tudo aconteceu.

Fonte: Guiame, com informações de Chicago Sun TimesAtualizado: quinta-feira, 14 de julho de 2022 às 15:55
Aiden McCarthy, de 2 anos, ficou órfão depois do massacre nos EUA. (Foto: Reprodução/Chicago Sun Times)
Aiden McCarthy, de 2 anos, ficou órfão depois do massacre nos EUA. (Foto: Reprodução/Chicago Sun Times)

Aiden McCarthy, um menino de 2 anos e meio, ficou órfão depois do massacre ocorrido durante o desfile de 4 de julho, em Highland Park, nos Estados Unidos.

Conforme conta o avô do menino, ele sobreviveu porque o pai o protegeu com seu próprio corpo. Ao falar da morte do genro e da filha, Michael Levberg se emocionou e disse que era sua filha única: “Era o amor da minha vida, ela era tudo”.

Irina, a mãe de Aiden, tinha 35 anos e seu marido, Kevin McCarthy, tinha 37. “Ele morreu protegendo meu neto”, lamentou ao relatar que o casal estava entre as sete pessoas mortas. Todos estavam assistindo ao desfile.

“Aiden estava debaixo do corpo dele”, especificou o sogro. Quando foi buscar seu neto na delegacia de polícia de Highland Park, Michael disse que Aiden disse para ele: “Mamãe e papai vão chegar em breve”.

Como tudo aconteceu

A avó paterna de Aiden, Margo McCarthy, também ficou ferida. Ela estava com o filho e a nora no desfile. Quando o tiroteio aconteceu, era ela quem segurava o neto, quando foi ferida no pescoço e na orelha. 

“Quando ela caiu, Aiden foi para os braços do pai. Deus estava cuidando dele”, disse uma prima da família, Montgomery Kersten. 

Ela conta que por uma questão de apenas alguns milímetros para a direita, Margo também poderia estaria morta ou teria sofrido uma grave lesão cerebral.

Futuro de Aiden McCarthy

Uma página do GoFundMe foi criada para arrecadar fundos para o menino, com o objetivo de prover todos os recursos necessários para o seu futuro. 

“Aiden será cuidado por sua família amorosa e ele terá um longo caminho pela frente para se curar, encontrar estabilidade e, finalmente, seguir na vida como órfão”, diz o texto da página.

“Ele está cercado por uma comunidade de amigos e familiares que o abraçarão com amor e darão todos os meios disponíveis para garantir que ele tenha tudo o que precisa à medida em que cresce”, continua.

A angariação de fundos online foi destinada a “apoiar Aidan e aqueles que vão cuidar dele”. 

“Vamos unir forças para apoiar Aiden aqui”, disse o avô. “Também vamos fazer o melhor que pudermos para ajudar nossa nação a tentar impedir que essas tragédias aconteçam no futuro”, ele concluiu. 

Outras vítimas fatais

Entre os mortos também estava a professora de pré-escola de uma sinagoga, Jacki Sundheim, de 63 anos. 

“O trabalho, a gentileza e o amor de Jacki tocaram a todos nós, desde seu ensino na pré-escola até os aconselhamentos para muitos de nós, nos momentos de alegria e tristeza da vida, tudo isso com dedicação incansável”, escreveu Geffen, um de seus amigos.

Outras três pessoas que morreram no massacre foram identificadas pela legista do condado de Lake, Jennifer Banek. Katherine Goldstein, 64, Stephen Straus, 88 e Nicolas Toledo Zaragoza, 78.

Nicolas era do México e estava a passeio para visitar a família. Ele estava nos EUA há dois meses e seus familiares estavam tentando convencê-lo a morar com eles definitivamente.

Eles contaram que Nicolas havia sido atropelado por um carro, no Highland Park, em outra ocasião e que passou a sofrer com as sequelas desde então. O nome da sétima vítima fatal não foi divulgado até o momento.


Nicolas Toledo Zaragoza, de 78 anos, foi uma das vítimas fatais. (Foto: Reprodução/Chicago Sun Times)

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