Um professor cristão na Inglaterra foi banido pela Secretaria de Educação por chamar uma aluna, que se identificava como menino, de “ela”.
Joshua Sutcliffe foi culpado de conduta não profissional e proibido de lecionar por dois anos e – é provável que a proibição se torne permanente – pela Autoridade de Regulação do Ensino (TRA), no início deste ano.
O professor de matemática, que tem um filho de 2 anos e poderá perder sua fonte de renda, vai recorrer da decisão com a ajuda do Christian Legal Centre.
“Estou arrasado com a decisão do painel e vou apelar. Com base nessa decisão, todo professor corre risco se compartilhar suas crenças e pontos de vista em sala de aula”, declarou Joshua.
Em 2017, ele ganhou as manchetes ao entrar com uma ação judicial contra a Cherwell School, após ser demitido por supostamente discriminar uma aluna transgênero, identificada apenas como estudante A.
Durante uma aula de matemática, o professor disse “Muito bem meninas” na presença da aluna A, o que a deixou furiosa. Joshua tentou amenizar a situação, pedindo desculpas à estudante.
Mas, apesar do trabalho exemplar do professor e de não ter recebido nenhuma orientação da escola em como tratar a aluna A, Joshua foi investigado e demitido da Cherwell School.
Perseguido em mais uma escola
Logo depois, o cristão passou a trabalhar na St Aloysius RC College, no norte de Londres, onde mais uma vez, foi perseguido devido à sua fé.
Joshua compartilha o Evangelho através de vídeos de apologética cristã em seu canal no YouTube. Após um ano atuando na nova escola, o pai de um aluno reclamou de um dos vídeos em que o professor afirma que “Maomé é um falso profeta”.
Em novembro de 2019, ele foi suspenso por uma semana devido a reclamação do pai. Então, Sutcliffe decidiu que seria melhor se demitir.
"Porque já havia acontecido antes, fui bastante rápido em dizer: 'Ok, vou encontrar outra coisa para fazer'”, explicou ele, em uma entrevista ao Premier Christianity.
Mesmo depois de Joshua ter resolvido os problemas com as duas escolas, a TRA investigou sua conduta.
Investigado
Além de ser acusado de confundir o gênero da aluna A, de má condução profissional, Sutcliffe também foi investigou por fazer comentários sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, respondendo a perguntas de um aluno em uma reunião da União Cristã.
No início deste ano, ao final de uma audiência, o TRA afirmou que Joshua era "intolerante" e que estava “convencido de que era culpado de conduta profissional inaceitável e conduta que pode trazer descrédito à profissão”.
O cristão reafirmou que a doutrinação LGBT é prejudicial às crianças. “Acredito que afirmar crianças em confusão de gênero na sala de aula é psicologicamente prejudicial para elas. Eu me recuso a ir contra minha consciência e causar mal a uma criança e me recuso a me desculpar por isso”, disse.
E acrescentou: “Doutrinar crianças em todo o país a se curvar diante da celebração da bandeira do orgulho gay, mas se as crenças cristãs forem levantadas ou expressas na sala de aula, você pode ter sua carreira e vida dilaceradas. Fui perseguido e tive todas as partes da minha vida examinadas por expressar minhas crenças e a verdade biológica”.
Para Joshua, desde o início, o alvo não era seu profissionalismo, mas sua fé. “A matemática sempre foi uma grande alegria para mim; meu histórico de ensino é exemplar e sempre fui respeitoso com todos. Este caso não era sobre minha capacidade de ensinar, mas sobre eu ser um cristão e acreditar no Evangelho e no senhorio de Jesus Cristo”, concluiu.
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