Surfista cristã critica nova regra que permite trans na liga feminina e recebe apoio

A surfista cristã Bethany Hamilton, famosa por sua história de superação ao perder um braço em um ataque de tubarão, criticou a nova regra que permitirá trans nas competições da liga feminina de surf.

Recentemente, a Liga Mundial de Surf anunciou que homens que se identificam como mulheres poderão competir na divisão feminina no nível mais alto do esporte. A política transgênero da International Surfing Association (ISA) será implementada em todas as turnês da Liga.

Em vídeo publicado no Instagram no final de semana, Bethany disse que está preocupada com a mudança e que a medida não foi discutida entre as surfistas, que serão afetadas pela nova regra.

“Eu me esforço para ter amor por toda a humanidade, independentemente de quaisquer diferenças. Mas isso me preocupa como atleta profissional. E sinto que devo falar e defender aqueles que não podem ou não querem falar sobre isso, pois temem que possam ser excluídos se falarem”, afirmou ela.

E continuou: “Algum dos atuais surfistas da Liga Mundial de Surf foi questionado sobre quais são seus pensamentos e opiniões sobre esta nova regra antes de ser aprovada ou anunciada? Quem está pressionando por essa grande mudança? Isso melhora o surf? Isso é melhor para as mulheres no surf?”.

A nova medida da Liga Mundial estabelece que transgêneros poderão competir em eventos femininos se o nível de testosterona se manteve abaixo de 5 nmol/l nos últimos 12 meses.

“Um nível de hormônio é uma descrição honesta e precisa de que alguém realmente é homem ou mulher? É tão simples assim?", questionou Hamilton.

 

 

 

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Divisão separada para trans

A surfista, que compete há 15 anos, sugeriu criar uma divisão separada para atletas trans para não prejudicar as mulheres no esporte.

“Pessoalmente, acho que a melhor solução seria criar uma divisão diferente para que todos possam ter uma oportunidade justa de mostrar sua paixão e talento - e acho que é realmente difícil imaginar como será o futuro do surf feminino daqui a 15, 20 anos se avançarmos permitindo esta grande mudança”, declarou.

Bethany ainda anunciou: "Eu não vou competir ou apoiar a Liga Mundial de Surf se esta regra permanecer”.

O vídeo da surfista criticando a política trans foi compartilhado diversas vezes e muitas pessoas apoiaram a posição de Bethany.

Apoio à Bethany

Como Trent Talbot, CEO da editora que publicou o novo livro infantil de Hamilton. "Que ato de bravura. Apoio Bethany Hamilton e sua escolha de não participar da Liga Mundial de Surf se eles permitirem homens para competir na divisão feminina”, afirmou Trent, à Fox News.

E ressaltou: "Deus projetou homens e mulheres de maneira diferente com um propósito - e quando rejeitamos isso, rejeitamos Deus. Devemos nos posicionar contra esse movimento progressista que permitiria aos homens competir em esportes femininos”.

O evangelista Franklin Graham também expressou seu apoio à surfista. "Bethany Hamilton perdeu o braço em um ataque de tubarão enquanto surfava quando ela tinha 13 anos, mas sobreviveu e surfa competitivamente há 15 anos”, escreveu no Facebook, na segunda-feira (6).

"Agora Bethany diz que está saindo do esporte por causa de uma nova regra estabelecida que permite que os homens compitam nas competições femininas. Quem faz essas regras afinal? É trágico. Não entendo por que todas as mulheres não se revoltam".

E Graham concluiu: “Ore por Bethany e outras jovens corajosas como ela, que estão tentando defender o que até o bom senso diz que é certo”.