Karine Passos recorreu à oração em busca de um milagre para seu filho Joaquim Victor, que em 2018 recebeu um diagnóstico indefinido, iniciando uma verdadeira “via crucis” pela família.
“Pai, eu entrego nas tuas mãos o meu filho”, disse a mãe da criança, chorando embaixo do chuveiro para que o menino e seu pai, Francisco Lima, não a ouvissem. Ela diz que precisava se mostrar firme para fortalecê-los.
Joaquim começou a apresentar um inchaço abdominal, que a princípio parecia ser algo relacionado à alimentação. Ele havia comido um sanduíche e ficou com a barriga enorme. Mas, a partir de então, aquele inchaço foi se agravando cada vez mais.
Joaquim foi encaminhado pela pediatra que o acompanhava para uma gastroenterologista. Foram meses de exames sem descobrir o motivo daquele inchaço, dos muitos arrotos e gases.
O menino começou a melhorar a partir dos 4 anos, mas por volta dos 5 piorou bastante e teve que passar por outros médicos.
Com isso, vieram muitos diagnósticos errados, a exemplo de um médico bem-conceituado em Fortaleza que, sem examinar a criança, disse que ele tinha megacólon (doença caracterizada pela dilatação e alongamento da porção final do intestino grosso).
Apegando-se à fé
Diante do quadro descrito, Karine buscava informações na internet. Isso só agravava a situação. Até que o Espírito Santo a orientou a não mais buscar informações e ficar com a Palavra, assim ela fez. Ela lembra que, com o agravamento do problema, era difícil e muito desconfortável sair com Joaquim.
Além da barriga enorme, os arrotos sucessivos e altos eram assustadores. No entanto, o mais admirável de tudo é que apesar da pouca idade, dor intensa, da aparência e peso da barriga somados à quantidade de exames, inclusive alguns muito dolorosos, Joaquim manifestava sua fé.
Karine conta que ele não desistiu de acreditar na cura confessada pelos pais.
“Vejo a glória de Deus nessa atitude dele, porque apesar de ser criança eu o vi crendo naquilo que nós falávamos e pregávamos. Apenas uma vez, ele me perguntou: ‘Mamãe, quando isso vai terminar? Estou sentindo muita dor’”, contou Karine emocionada. Ela sempre dizia que tudo ia ficar bem porque Deus estava cuidando dele.
Essa confiança era pode ser constatada. Como o laudo de megacólon era caso de cirurgia, quando a família foi atrás do procedimento, ocorreu um problema no plano de saúde, impedindo a sua liberação.
“E louvado seja Deus porque meu filho ia se submeter a uma operação de algo que ele não tinha. Foi um livramento de Deus”, comentou agradecida.
A fé vem pelo ouvir
Cansada de tantos diagnósticos imprecisos e da rotina de 24h de dedicação que a situação exigia, certa noite Karine teve uma experiência com Deus:
“Eu fui colocar ele para dormir, e de madrugada ouvi uma voz muito, muito alta, muito forte, que dizia assim: ‘Bactéria no intestino’. Acordei com aquela voz que ecoou dentro do quarto”, contou ela, lembrando que perguntou ao esposo se ele havia falado, de tão nítida que era a voz.
Em seguida, ela não conseguiu mais dormir, pegou a informação e começou a orar em outras línguas. Como não tinha nada a perder, Karine procurou a médica para contar a experiência vivida e perguntar se era possível que o filho tivesse bactéria no intestino.
Ela recebeu um áudio da médica dizendo que sim, e que para isso uma medicação para verme resolveria: “Eu não lembro o nome, mas a gente só achou em uma mercearia de um bairro bem distante. Fiquei até com receio, mas compramos”.
Karine deu a primeira dose a Joaquim. Na segunda, ele começou a sentir muita dor no estômago e o remédio foi suspenso. Mesmo assim, diante de todas as investigações anteriores e laudos de doença rara e desconhecida, nada tirava do coração daquela mãe que finalmente tinha um parecer verdadeiro: era bactéria no intestino.
“Eu tomei uma posição e acredito que foi um dos pontos mais importantes nessa história. Entrei no banheiro e falei com o diabo que não arredava o pé a respeito daquilo que conheço de Deus e que não ia me desviar ou deixar de acreditar n’Ele. E, ainda que acontecesse o pior com relação ao meu filho, eu não largaria o meu Deus”, contou.
Em seguida, Karine colocou a vida de Joaquim nas mãos de Deus. “Eu confio em Ti, e sei que você pode e vai tirar o meu filho dessa situação. Por mais que eu chore e por mais que esteja doendo, sei que você vai fazer, porque você é o Todo-poderoso”, clamou.
Um grande milagre
Karine estava em um culto, quando novamente ouviu a voz de Deus. Desta vez, ela foi orientada a cortar os remédios do filho. Na época, eram muitos medicamentos, mas ela se manteve firme confiando no comando divino.
“Eu costumo dizer que o meu marido teve a fé dobrada, porque quando saímos daquele culto e contei o que Deus falou comigo, ele disse logo: ‘pois corte’. “A gente fez isso e se posicionou no Senhor, só que Joaquim começou a piorar”.
Depois de uns quatro dias, a criança continuava de mal a pior. Contudo, Karine e seu marido se mantinham em paz e convictos de que estavam debaixo da potente mão do Senhor, e aquilo que Ele falou se cumpriria. Afinal, ela mesma tinha entregue o filho para que fosse feito conforme a Sua vontade. Portanto, como a vontade de Deus “é boa, perfeita e agradável”, após o quarto dia de piora, ele começou a melhorar.
Nos dias seguintes, o grande milagre chegou e Joaquim foi curado totalmente em março de 2021. A intervenção divina pôs fim à saga iniciada no começo de 2018, impactando os diversos profissionais e amigos que a acompanharam.
Em fevereiro, ele fará 9 anos, e está cheio de saúde.
Receita de fé
Karine diz que o segredo de sua força e perseverança é a fé.
“A fé do tipo de Deus, que opera, tem um poder explosivo. Então, é por isso que a gente precisa estar ouvindo a Palavra constantemente”.
Ela sempre se manteve convicta que aquela voz disse a verdade. Tudo que seu filho teve foi mesmo bactéria no intestino.
Repleta de gratidão, ela fez questão de destacar a importância de todos os irmãos e liderança da Igreja Verbo da Vida Benfica, em Fortaleza (CE). Foram eles que sustentaram sua família em oração e demonstrações de amor.
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