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Biden assina 'Declaração de Jerusalém', prometendo barrar armas nucleares do Irã

O presidente americano promete usar todo o poder dos EUA para impedir avanço nuclear do Irã.

Fonte: Guiame, com informações do Times of IsraelAtualizado: sexta-feira, 15 de julho de 2022 às 12:37
Presidente Joe Biden e primeiro-ministro Yair Lapid assinam 'Declaração de Jerusalém'. (Captura de tela WION)
Presidente Joe Biden e primeiro-ministro Yair Lapid assinam 'Declaração de Jerusalém'. (Captura de tela WION)

A 'Declaração de Jerusalém' foi assinada nesta quinta-feira (14) pelo presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro Yair Lapid em Jerusalém. No documento, os EUA prometeram usar "todos os elementos de seu poder nacional" para impedir que o Irã obtenha armas nucleares.

“Os Estados Unidos enfatizam que parte integrante dessa promessa é o compromisso de nunca permitir que o Irã adquira uma arma nuclear e que está preparado para usar todos os elementos de seu poder nacional para garantir esse resultado”, diz o texto do comunicado, oficialmente conhecida como a Declaração Conjunta de Parceria Estratégica EUA-Israel de Jerusalém.

“Os Estados Unidos afirmam ainda o compromisso de trabalhar em conjunto com outros parceiros para enfrentar a agressão e as atividades desestabilizadoras do Irã, sejam avançadas diretamente ou por meio de representantes e organizações terroristas como Hezbollah, Hamas e Jihad Islâmica Palestina”, afirmou o comunicado.

Os dois países também se “comprometem-se a continuar a discutir os desafios e oportunidades nas relações israelo-palestinas” e condenam o Hamas e os recentes ataques terroristas.

Dois Estados

Apesar do acordo, Biden “afirma seu apoio de longa data e consistente a uma solução de dois Estados e por avançar em direção a uma realidade na qual israelenses e palestinos possam desfrutar de medidas iguais de segurança, liberdade e prosperidade”.

“Os Estados Unidos estão prontos para trabalhar com Israel, a Autoridade Palestina e as partes interessadas regionais em direção a esse objetivo”, diz a declaração.

Na política de Israel há divergência sobre o tema. Enquanto Lapid apoia a estrutura de dois Estados, ele lidera um governo provisório que inclui partidos de direita que se opõem ao Estado palestino. Desta forma, ele evitou expressar seu apoio à proposta desde que assumiu o cargo.

O ministro da Defesa Benny Gantz (à dir.), apresenta ao presidente dos EUA Joe Biden a asa de um drone interceptado pelo sistema de defesa a laser Iron Beam, enquanto o primeiro-ministro Yair Lapid (à esq.) observa o Aeroporto Ben Gurion, 13 de julho de 2022. (Foto: Ariel Hermoni/Ministério da Defesa)

Durante a sessão de perguntas e respostas após os discursos dos líderes, o primeiro-ministro israelense foi provocado sobre sua opinião referente ao tema. Ele respondeu que ainda apoia a solução de dois Estados, mas evitou responder a uma pergunta sobre se ele avançaria na iniciativa se continuasse no cargo após as eleições de novembro.

Ainda assim, ambos os lados se comprometeram a fortalecer a economia palestina e melhorar a qualidade de vida dos palestinos. Biden deve se reunir com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, nesta sexta-feira (15).

Biden expressou seu apoio a uma solução de dois Estados ao falar após desembarcar no Aeroporto Ben Gurion na quarta-feira (13), no início de sua viagem de quatro dias a Israel, Cisjordânia e Arábia Saudita. No entanto, ele acrescentou: “Eu sei que não é [viável] no curto prazo”.

Laços inquebráveis

Apesar da posição do atual governo norte-americano sobre os dois Estados, a declaração reafirma “os laços inquebráveis ​​entre nossos dois países e o compromisso duradouro dos Estados Unidos com a segurança de Israel”.

Biden fez comentários semelhantes após sua reunião anterior com Lapid.

Os EUA também declararam que seus compromissos com Israel são “bipartidários e sacrossantos”, acrescentando ainda que são de grande importância para a segurança dos EUA.

A declaração contém um compromisso dos EUA de implementar integralmente os termos do histórico memorando de entendimento de US$ 38 bilhões e um reconhecimento de que um MOU (Memorando de Entendimento) subsequente deve refletir novas ameaças e circunstâncias.

“Israel aprecia o compromisso dos EUA com o MOU e por fornecer mais US$ 1 bilhão acima dos níveis do MOU em financiamento suplementar de defesa antimísseis após o conflito de 2021”, dizia a declaração, referindo-se ao conflito do ano passado com grupos terroristas de Gaza.

Os dois lados também prometeram cooperação em “tecnologias de defesa de ponta, como sistemas de armas a laser de alta energia para defender os céus de Israel e, no futuro, de outros parceiros de segurança dos EUA e de Israel”.

Sobre os Acordos de Abraão, o comunicado afirma a importância dos acordos e do Fórum Negev, iniciado em Manama em junho.

Os Acordos de Abraão, uma declaração de paz conjunta assinada inicialmente em 15 de setembro de 2020, normalizou oficialmente as relações diplomáticas entre Bahrein, Emirados Árabes Unidos e Israel.

Em dezembro de 2020, Marrocos e Israel assinaram um acordo de normalização, estabelecendo relações diplomáticas plenas. Então, em janeiro de 2021, o Sudão assinou os acordos, declarando simbolicamente sua intenção de avançar na normalização com Israel.

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