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Israel

Brasil chama ação de Israel de ‘imoral’ e lidera campanha para Palestina ser membro da ONU

Após ser elogiado pelo grupo terrorista Hamas, o governo brasileiro faz de tudo para defender a Palestina.

Fonte: Guiame, com informações de Agência Brasil e UOLAtualizado: segunda-feira, 18 de março de 2024 às 17:43
76ª sessão da Assembleia Geral da ONU. (Foto: UN Photo/Cia Pak)
76ª sessão da Assembleia Geral da ONU. (Foto: UN Photo/Cia Pak)

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, classificou como “imoral” e “ilegal” a ação de Israel na Faixa de Gaza, conforme notícias da Agência Brasil. 

Em discurso na Cisjordânia, o chanceler brasileiro informou que o Brasil manterá a contribuição para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA).

Enquanto isso, vários países europeus suspenderam seus financiamentos e preferem aguardar a investigação sobre os membros da agência, que são suspeitos de ajudar o Hamas contra Israel no massacre de 7 de outubro, conforme notícias da Euronews. 

“Vou dizer de forma alta e clara: é ilegal e imoral retirar o acesso das pessoas à comida e à água. É ilegal e imoral atacar operações humanitárias e quem está buscando ajuda. É ilegal e imoral impedir os doentes e feridos de assistência de saúde. É ilegal e imoral destruir hospitais, locais sagrados, cemitérios e abrigos”, disse Vieira em discurso na capital da Autoridade Palestina.

Com esse discurso, o atual governo brasileiro pretende ser líder da campanha que visa adicionar a Palestina como membro pleno das Nações Unidas, conforme a coluna de Jamil Chade, do UOL: “O acordo foi fechado numa reunião neste domingo (17) entre os chanceleres Mauro Vieira, do Brasil e o palestino Riyad Al Maliki”.

Lula causa indignação em Israel

Conforme lembrou o UOL, em 2012, a Assembleia Geral da ONU votou para dar aos palestinos o status de “membro observador” na organização, o que permite que seus diplomatas participem dos debates, mas sem direito a voto. Naquele momento, apenas nove países votaram contra, entre eles EUA e Israel.

As autoridades palestinas querem lançar um pedido formal para a adesão completa às Nações Unidas ainda em 2024, principalmente diante do risco de que a guerra em Gaza abra caminho para novas invasões de terras por parte de israelenses. 

No encontro que aconteceu no domingo (17), segundo o Itamaraty, o palestino Al Maliki mencionou “a coragem do presidente Lula na defesa da Palestina e dos palestinos”. 

Segundo Maliki, Lula “mostrou liderança, coragem, compromisso e humanismo” ao longo da atual crise em Gaza e falou de forma “forte e clara” ao descrever a situação como ela é”.

As declarações do presidente brasileiro causaram indignação por parte de Israel e foram criticadas também por uma ala das forças políticas no Brasil.

‘Brasil cruzou a linha vermelha’

O atual governo brasileiro vem sendo alvo de críticas pelo atual posicionamento contra Israel. Em fevereiro, conforme noticiou o Guiame, o Brasil denunciou Israel na Corte Internacional por anexação ilegal em Gaza. 

Antes disso, Lula comparou as ações de Israel ao Holocausto. Na ocasião, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reagiu às declarações feitas, dizendo que as palavras do presidente brasileiro foram “vergonhosas e graves”.

“Comparar Israel ao Holocausto nazista e a Hitler é cruzar uma linha vermelha”, ele completou ao afirmar que Lula se tornou “persona non grata” em Israel, a menos que pedisse desculpas e se retratasse. 

“Persona non grata” é uma expressão latina que se traduz como “pessoa não bem-vinda” ou “pessoa indesejável”. 

Infelizmente, a fala de Lula colocou o país numa situação delicada e foi criticada por diversas nações e pelas organizações judaicas do Brasil. O grupo terrorista Hamas, no entanto, teceu elogios ao presidente brasileiro, que se recusou a pedir desculpas a Israel.

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