Desde o dia 7 de janeiro deste ano, Israel tem sido palco de grandes protestos contra a reforma judicial proposta pelo atual governo, encabeçado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
A medida, que busca aumentar o controle do Executivo sobre o Judiciário e reduzir sua independência, tem gerado controvérsia e motivado milhares de pessoas a saírem às ruas em manifestações que se estendem até o momento.
Os manifestantes, que incluem grupos de diferentes setores da sociedade, têm como objetivo anular a legislação de reforma legal proposta pelo governo. As ações incluem discursos de líderes políticos e ativistas, bloqueios de rodovias e outras formas de protestos, com a bandeira do país presente em todos eles.
Rebeliões e protestos vistos espiritualmente
Olhando para o que acontece em Israel e outros países, o jornalista cristão Charles Gardner afirmou que rebelião e protestos no mundo sinalizam o retorno iminente de Cristo.
Segundo Charles, a rebelião encoraja a ilegalidade: “E não é isso que estamos vendo nestes dias?”, questionou ele.
Se referindo aos líderes mundiais de Israel e Reino Unido, o escritor observou: “Diplomatas britânicos baseados em Israel se rebelaram contra seus representantes políticos eleitos ao correr a Maratona da Palestina, cujos organizadores negam o direito de existência do Estado judeu.
Para ele, os protestos contra a reforma judicial em Israel refletem a rebelião contra as autoridades eleitas democraticamente no país.
“Seja qual for o detalhe, lembro-me do tumulto na antiga Éfeso causado pela pregação de Paulo, acusado de minar o negócio obscuro da adoração de ídolos. Os líderes comerciais reclamaram dele dizendo: ‘Deuses feitos por mãos humanas não são deuses de jeito nenhum”, contou o jornalista.
Protestos históricos
Os maiores protestos da história de Israel foram provocados pela ampla resposta social à reforma, que veio de importantes setores como os bancários, empresariais, jurídicos, acadêmicos e até mesmo militares.
Após 12 sábados consecutivos de grandes manifestações, o movimento de protesto tem ganhado cada vez mais força, enquanto a legislação avança no Knesset (Parlamento israelense).
A manifestação que se iniciou em Tel Aviv, que reuniu cerca de 300 mil pessoas, se espalhou para outras cidades: 65 mil pessoas se manifestaram em Haifa, 22 mil em Jerusalém e 20 mil em Beersheva.
O aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, o principal de Israel, chegou a cancelar todos os voos por causa dos protestos, segundo informou a imprensa local.
Lojas, bancos e hospitais, todos os serviços foram interrompidos como parte de uma ação coordenada que foi projetada para desencorajar Netanyahu de forçar a aprovação das reformas até o final desta semana.
Ministro da Defesa
Os protestos também se intensificaram após Netanyahu emitir um comunicado de demissão do ministro da Defesa, Yoav Gallant.
“O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu decidiu remover o ministro da Defesa, Yoav Galant, de seu cargo”, disse o comunicado.
De acordo com notícias, Gallant teria se manifestado contrariamente à reforma do judiciário, pedindo a paralisação do trâmite legislativo, indo contra o que defende o governo do qual faz parte: "Pelo bem do Estado de Israel e de nossos filhos, devemos interromper esse processo legislativo".
Mesmo com a suspensão, temporiamente, das discussões sobre a reforma do judiciário por Netanyahu, comunicada na última segunda-feira (27), os protestos devem continuar em todo país.
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