Após pastor da Igreja Zion ser detido, sua esposa também é presa na China

Su Ziming, esposa do pastor Wang Lin, foi levada pela polícia sob acusação de “suspeita de uso ilegal de uma rede de informação”.

Fonte: Guiame, com informações de China Aid Atualizado: segunda-feira, 1 de dezembro de 2025 às 15:43
A família do pastor Wang Lin. (Foto: China Aid).
A família do pastor Wang Lin. (Foto: China Aid).

A esposa de um dos 30 pastores detidos pelo governo comunista da China também foi presa.

Segundo a China Aid, que monitora a perseguição na nação chinesa, Su Ziming, esposa do pastor Wang Lin da Igreja Zion, foi detida pela polícia da cidade de Beihai, província de Guangxi, no dia 13 de novembro.

Su foi acusada pelas autoridades de "suspeita de uso ilegal de uma rede de informação”. Depois dela ser levada pelos policiais, sua família não recebeu um aviso formal de sua detenção.

A prisão de Su Ziming aconteceu um mês após o pastor Wang Lin ser preso em Shenzhen, em 9 de outubro. Mais de 30 líderes da Igreja Zion foram presos em uma série de operações contra a denominação em diferentes cidades, como Pequim, Xangai, Zhejiang, Shandong, Guangdong e Guangxi, no início de outubro.

Segundo cristãos locais, um dia depois da prisão do pastor Wang, Su tentou deixar o país com os filhos, mas foi barrada por agentes de controle de fronteira e informada que estava proibida de sair da China.

Para a organização China Aid, a detenção de Su é uma forma do regime pressionar ainda mais o pastor Wang, cortar a comunicação da esposa com a comunidade internacional e dificultar os esforços de defesa do líder.

Família pastoral perseguida

Wang Lin, de 42 anos, é um ex-advogado que deixou a carreira para servir no ministério em tempo integral. 

Após obter um Ph.D. em teologia do Antigo Testamento pelo Wheaton College em 2017, nos Estados Unidos, ele voltou à China para liderar a Igreja Beijing Zion com o pastor Ezra Jin Mingri.

Com o fechamento da Igreja Zion – uma das maiores redes de igrejas domésticas do país – pelo governo chinês, o pastor Wang continuou seu trabalho pastoral através de pequenos encontros e pregação na internet.

Desde junho de 2025, a família do líder tem enfrentado constante perseguição do departamento local de Segurança Pública e Assuntos Religiosos.

De acordo com membros da igreja, as autoridades pressionaram os proprietários das casas que a família alugava, forçando eles a se mudarem com frequência. A educação dos filhos também foi interrompida por diversas vezes.

Igreja Zion

Em setembro de 2018, a Igreja Zion foi proibida pelo governo após resistir à instalação de câmeras de vigilância em sua sede em Pequim. Desde então, muitas de suas filiais foram investigadas e fechadas.

Segundo a ChinaAid, a operação de prisão é a “mais extensa e coordenada onda de perseguição” contra cristãos em mais de quatro décadas.

O caso também provocou repercussão internacional. O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, pediu a libertação dos líderes e afirmou que "essa repressão demonstra ainda mais como o PCC exerce hostilidade contra os cristãos que rejeitam a interferência do Partido em sua fé e optam por adorar em igrejas domésticas não registradas".

O ex-vice-presidente dos EUA, Mike Pence, e o ex-secretário de Estado, Mike Pompeo, também emitiram declarações condenando as prisões.

Pastores e congregações domésticas na China e nos EUA também têm pedido a libertação dos detidos.

No Brasil, o deputado federal Jefferson Campos (PL) cobrou um posicionamento do governo brasileiro sobre a perseguição contra cristãos na China, após a prisão dos 30 pastores e líderes da Igreja Zion.

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

Fé para o Impossível

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições