Pastor é preso no Sudão por reunião de oração pela mãe doente

Um pastor foi preso no Sudão após realizar uma reunião de oração por sua mãe doente em uma igreja local, na semana passada.

De acordo com o Morning Star News, Abdalla Haron Sulieman foi detido pela polícia, acusado falsamente de “feitiçaria”, sob o Código Penal do país.

No dia 21 de novembro, o pastor Abdalla liderou uma intercessão de cura por sua mãe na Igreja Evangélica Presbiteriana do Sudão em El Hasahisa, no estado de Al Jazirah.

A idosa, de 60 anos, que sofria de uma infecção nas pernas que a tornou paralítica, foi sobrenaturalmente curada após a oração. 

O milagre chamou a atenção de uma multidão de muçulmanos que se aglomeraram na igreja. 

A situação acabou irritando os extremistas islâmicos da região, que pressionaram as autoridades a prenderem o pastor.

“Esta é uma violação grave contra os cristãos no Sudão”, condenou o evangelista Francis Ismail, que visitou Abdalla na prisão, na quinta-feira (24).

Os cristãos no Sudão protestaram contra a detenção do líder e pediram sua libertação nas redes sociais. Outros classificaram o caso como uma prova da constante perseguição aos crentes no país africano.

“Precisamos continuar orando por nosso irmão porque ele está preso por causa do Evangelho”, afirmou um cristão sudanês, em sua página no Facebook.

Perseguição no Sudão

Após dois anos de avanços na liberdade religiosa no Sudão com o fim da ditadura islâmica em 2019, autoridades voltaram a perseguir os cristãos desde o golpe militar de 2021. 

Segundo a Christian Solidarity Worldwide (CSW), autoridades ameaçaram os líderes da igreja que vivem em campos de deslocados internos, afirmando que seriam acusados ​​de apostasia se continuassem a se reunir para orar.

“Quando os líderes protestaram, citando as mudanças legais feitas no governo de transição, eles foram informados de que o golpe havia mudado a situação legal”, disse a CSW.

Antes e depois do golpe militar do ano passado, os seguidores de Jesus continuaram sendo perseguidos. O Sudão permaneceu em 13º lugar na Lista da Perseguição 2022 da Missão Portas Abertas, de países mais difíceis para ser um cristão.