Pastor iraniano é enviado para prisão a mais de 1.600 km de sua casa

Mathias é perseguido pelo governo do Irã desde 2006, acusado de “propagação do Evangelho”.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: segunda-feira, 17 de julho de 2023 às 17:49
Abdolreza Ali-Haghnejad, conhecido como pastor Mathias. (Foto: Reprodução/Artigo 18)
Abdolreza Ali-Haghnejad, conhecido como pastor Mathias. (Foto: Reprodução/Artigo 18)

O pastor iraniano Abdolreza Ali-Haghnejad, de 49 anos, mais conhecido por Mathias, agora foi enviado para uma prisão que fica a mais de 1.600 km de sua casa.

Mathias morava em Bandar Anzali e agora está preso na cidade de Minab, província de Hormozgan, conforme o grupo de direitos humanos Christian Solidarity Worldwide (CSW), com sede no Reino Unido.

O pastor é perseguido desde 2006 e já foi preso várias vezes por apostasia, propagação do cristianismo e por “minar a segurança do Estado”.

O governo iraniano entende que a conversão de muçulmanos ao cristianismo é uma ameaça ao domínio islâmico no país e por esse motivo os cristãos são extremamente perseguidos.

Violação aos direitos humanos

Embora Mathias tenha sido anteriormente absolvido de acusações semelhantes em 2014, ele foi preso novamente em janeiro de 2022, conforme lembrou o Christian Post. 

O presidente fundador da CSW, Mervyn Thomas, expressou preocupação com os repetidos problemas legais enfrentados pelos pastores: “A CSW está chocada com a implacável perseguição judicial efetiva dos pastores Haghnejad e Nadarkhani”.

Thomas destacou que “esta é uma clara violação do Artigo 14:7 do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, do qual o Irã é signatário” e exortou o Irã a respeitar o direito à liberdade de religião ou crença para todos os cidadãos, pedindo a libertação imediata e incondicional do pastor Haghnejad e de outros presos devido à sua fé.

Sobre os acusadores

No início deste mês, a CSW informou sobre a situação dos pastores e mencionou as novas acusações contra o pastor Mathias, que partiram de um casal identificado como Ramin Hassanpour e Saeede Sajadpour, que a polícia política pode ter pressionado.

Thomas acredita que as acusações supostamente surgiram após forte pressão psicológica, já que o pastor não era tão conhecido deles: “Isso por si só deveria tornar essas alegações não confiáveis ​​​​e inadmissíveis”. 

Alegações dessa magnitude raramente são feitas por cidadãos comuns. Uma fonte da CSW sugeriu que a família Hassanpour foi coagida a acusar os pastores sob a ameaça de que seus filhos fossem levados embora.

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