De acordo com uma pesquisa recente, apenas metade dos australianos entende que Jesus veio para esta terra como humano e viveu entre os homens.
A pesquisa divulgada pela NCLS Research, nesta semana, mostra que em cada 10 entrevistados, 2 afirmam que Jesus é uma ficção, enquanto 3 não sabem explicar sua essência.
Ruth Powell, a diretora da pesquisa, explica que suas descobertas foram extraídas de uma amostra de 1300 pessoas que participaram de um painel de pesquisas online.
“Há uma lacuna no conhecimento sobre Jesus”
Embora apenas 2 pessoas em cada 10 acreditem que Jesus veio como Deus em forma humana, 44% acredita na ressurreição de Cristo, de alguma forma.
O fato de muitos dos entrevistados assumirem não ter resposta para as perguntas da pesquisa, fez com que a diretora concluísse, em primeiro lugar, que há uma lacuna no conhecimento sobre Jesus, especialmente entre os jovens australianos.
“Em segundo lugar, há uma baixa aceitação das crenças cristãs ortodoxas”, ela apontou.
Descobertas positivas
A recente pesquisa, porém, revelou algumas descobertas positivas — um em cada três jovens adultos, com idades entre 18 e 24 anos, relatou frequentar regularmente um serviço religioso, ao menos 1 vez por mês.
Esse número foi o mais alto de todas as faixas etárias. Além disso, observou-se o retorno das pessoas à igreja após as restrições da pandemia por Covid-19.
A pesquisadora também descobriu que o grupo com menor comparecimento à igreja é o de 50 a 64 anos ou a Geração X. Para Ruth, isso é motivo de preocupação dada a posição dessas pessoas na vida pública.
Vozes que influenciam
Ruth se pergunta se o fenômeno da geração X, conforme a pesquisa, tem a ver com a fase da vida deles.
“Qual é o impacto dessa geração na história? Embora as vozes da Geração X tenham sido silenciadas em comparação com a geração Baby Boomer, é o grupo que atualmente são os CEOs na liderança principal, talvez no auge de suas profissões”, esclareceu.
Para a pesquisadora, essas pessoas tinham “um microfone” capaz de fazer com que suas vozes fossem ouvidas. “Porém, vimos que elas são as que menos frequentam igreja, que menos acreditam em Jesus e que menos praticam o cristianismo”, disse com preocupação.
“Quem tem o microfone agora? Quem está controlando a narrativa pública? Precisamos estar cientes disso. O que está acontecendo com a história por causa dessas pessoas?”, questionou.
“O relacionamento com as pessoas importa”
Na pesquisa, também observou-se que 3 em cada 10 australianos disseram que provavelmente iriam à igreja se convidados por um amigo próximo ou membro da família.
Outros 16% por cento não tinham certeza, enquanto cerca de um quarto disse que provavelmente não iria.
“Focamos um pouco mais nisso. O que ajudaria alguém a aceitar um convite para ir à igreja? Colocamos uma série de cenários para eles e percebemos que o relacionamento importa muito mais do que qualquer outra coisa, em todas as faixas etárias”, revelou.
O problema, explicou Ruth, é que “56% dos australianos afirmam não ter contatos próximos que frequentam a igreja".
Ela resumiu: “Os australianos são menos cristãos do que antes, mas nem todos são fechados. Há uma lacuna de conhecimento sobre Jesus e a fé cristã. Os relacionamentos importam, mas também há uma lacuna de relacionamento entre os que frequentam e não frequentam a igreja”.
“Há mais jovens ligados à igreja e abertos à fé do que grupos de idade mais avançada. Ou seja, existem muitos desafios, mas também muitas oportunidades significativas para uma maior conexão entre igreja e comunidade”, concluiu.
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