A guerra da Ucrânia entrou em seu quinto mês com dezenas de milhares de mortos, mas as afirmações feitas pelos dois países envolvidos se contradizem e não há meios de verificá-las de forma independente, diz a BBC.
Segundo especialistas, o total de mortes registradas até o momento provavelmente está subestimado, e o real deve ser muito maior.
Em meio a evacuações, destruições provocadas por ataques em terra e bombardeios, os civis, maior vítima do conflito, vão se protegendo como podem ou conseguem. Nesse contexto aparece a Igreja, inclusive algumas da Rússia, como importante agente neste quesito.
No cenário de horror da guerra, testemunhos vão despontando, elevando a fé dos cristãos que se encontram no meio do embate.
Um dos casos é do jovem casal Vlad e Juliana, relatado pela Slavic Gospel Association (SGA), uma organização cristã sem fins lucrativos, que está amparando e levantando recursos para ajudar os ucranianos.
Tiroteios e explosões
Vlad e Juliana contam que compartilham a casa com os pais. Quando a guerra começou, decidiram não partir imediatamente, mas permaneceram lá por aproximadamente uma semana.
“Tiroteios e explosões aconteciam diariamente. A cidade estava vazia. Durante a maior parte do dia, não foi possível sair de casa por causa do toque de recolher”, relatam.
“Era difícil tanto psicologicamente quanto fisicamente estar em tais condições, porque muitas vezes acordávamos com os sons de explosões”, diz o casal, pais de um bebê.
Diante da decisão a ser tomada, o casal de cristãos buscou a resposta na fé. “Oramos para que Deus, se quisesse, nos ajudasse a partir”, dizem.
O problema era a falta de combustível e um número suficiente de assentos no carro.
“Além da nossa família, várias outras pessoas moravam conosco, e que ficaram sozinhas. Nós oramos e lemos muito a Bíblia juntos. Foi uma bênção incrível que nos deu força”, lembram.
Providência divina
Eles lembram que quando a situação ficou muito difícil, Deus enviou transporte e a oportunidade de evacuar. A rota foi organizada por voluntários da igreja.
“Foi assustador, mas partimos em segurança para um lugar seguro. Rodamos por quase sete horas o caminho que poderia ser percorrido em duas horas”, relatam.
A família conseguiu escapar das consequências dos ataques das tropas russas.
“Voltamos para nossa casa alguns meses depois. Tanto as janelas quanto as portas foram quebradas. Havia um enorme buraco no telhado e as dependências do pátio foram destruídas e assaltadas”, contam.
“Nosso lar pode ser restaurado, e somos gratos a Deus por isso. Foi um milagre especial que a bomba que atravessou nosso telhado não explodiu, mas ficou presa ao lado da Bíblia aberta”, testemunham.
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