Mãe com 11 filhos adotivos passou 42 dias orando e jejuando em bunker na Ucrânia

“Era difícil e perigoso, mas todos os dias acordávamos e agradecíamos a Deus por ainda estarmos vivos e poder adorá-lo”, disse.

Fonte: Guiame, com informações de CBN NewsAtualizado: sexta-feira, 22 de abril de 2022 às 16:34
Anya e seus filhos adotivos. (Foto: Captura de tela/CBN News)
Anya e seus filhos adotivos. (Foto: Captura de tela/CBN News)

Durante os ataques russos à Ucrânia, muitas pessoas precisaram se esconder em bunkers para salvar suas vidas. Foi o caso de Anya e seus 11 filhos adotivos. Eles passaram 42 dias num bunker abaixo da casa da família.

Anya mora em Berdyansk, cidade que fica a 715 quilômetros de Kiev e que foi atacada pelas forças russas no final de fevereiro, logo nos primeiros dias da guerra. 

“Era difícil viver lá e era perigoso, mas todos os dias acordávamos e agradecíamos a Deus por ainda estarmos vivos e ainda poder adorá-lo”, ela disse. 

“Tivemos paz com Deus”

Segundo Anya, sempre que eles precisavam de alguma coisa ou sentiam medo pela situação, todos oravam. “Tivemos essa paz com Deus porque líamos a Bíblia, adorando e jejuando”, contou. 

Na noite de quarta-feira (20), em Lviv, Anya e seus filhos finalmente conseguiram respirar aliviados depois de escapar de Berdyansk, com ajuda de alguns motoristas da Orphan's Promise — agência missionária que atende órfãos e pessoas abandonadas em mais de 60 países.

Eles descreveram a saída da cidade como “assustadora”. O ônibus onde Anya estava com seus filhos foi atingido quando os militares russos começaram a atirar nas tropas ucranianas. 

“Todos no ônibus caíram no chão, as crianças choraram e gritaram, mas todos sobreviveram milagrosamente. Agora, as tropas russas fecharam a cidade e não permitem a saída de ninguém ou a entrada de ajuda humanitária”, revelou. 


Sergey, um dos filhos adotivos de Anya. (Foto: Captura de tela/CBN News)

“Deus estava conosco”

Apesar de tudo, os filhos de Anya, em sua maioria adolescentes, disseram que não tiveram medo quando estavam no bunker.

“Eu não me preocupei, estava em paz e num lugar seguro”, disse Sergey, um garoto de 18 anos. “Deus estava conosco e iria nos proteger”, acreditou. 

Olena, também com 18 anos, disse que estava com medo no início, mas depois teve fé: “Eu estava orando a Deus, e eu tinha essa paz no meu coração. Estávamos unidos como uma família, e é por isso que eu não senti mais medo”. 


Olena, outra filha adotiva de Anya. (Foto: Captura de tela/CBN News)

Anya e seus filhos foram ajudados tanto pela Orphan's Promise quanto pela CBN News que disponibilizou espaço para eles, transformando escritórios em abrigos. 

Todos tiveram acesso a alimentos, remédios, apoio psicológico e à pregação do Evangelho. Agora a família aguarda vistos para ir para a Suíça, onde planejam ficar até a guerra acabar.  

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