Mulher testemunha libertação após 15 anos viciada em drogas: ‘Jesus é nossa esperança’

Mesmo não tendo relacionamento com Deus, desesperada, Jennifer Toro clamou por ajuda e viu a resposta de sua oração.

Fonte: Guiame, com informações do AG NewsAtualizado: quarta-feira, 27 de abril de 2022 às 16:20
Jennifer Toro e seus filhos. (Foto: Reprodução / AG News)
Jennifer Toro e seus filhos. (Foto: Reprodução / AG News)

Metade da vida de Jennifer Louise Toro foi mergulhada no mundo das drogas, por ser viciada em anfetaminas. Hoje ela tem uma vida transformada e conta seu testemunho como ponto de referência de que a fé em Jesus liberta.

Ela conta que bastou uma única vez para se ver viciada. “Experimentei uma vez e fiquei viciada”, lembra Jennifer, agora com 37 anos. “O vício levou minha vida”.

Jennifer diz que durante suas duas gestações conseguiu parar, mas voltava. Essa condição fez com que ela perdesse a custódia de seus dois filhos.

“Eu podia parar de vez em quando, mas sempre voltava”, lembra a mulher, natural de Chandler, no Arizona. “Não havia cura para o meu coração.”

Sua voz doce não lembra em nada a vida de alguém que passou 15 anos viciada em drogas. No entanto, ela cresceu em uma família raivosa. Seus dois irmãos mais velhos brigavam muito. Seus pais também gritavam muito um com o outro. Em muitas ocasiões, Jennifer chegou a se envolver em discussões acaloradas com o pai.

Logo após seu irmão Jordan, mais velho, começar a usar drogas, Jennifer também passou a fazer uso desse tipo de substância. Ela conta que na verdade era uma busca por buscar o amor, porém em lugares errados.

Jennifer acreditava que se ela encontrasse o homem certo, tudo ficaria bem. Mas ela se envolveu em uma série de relacionamentos ruins. Aos 18 anos e depois aos 22, ela deu à luz, mas nenhum dos pais ficou em sua vida ou de seus filhos.

A pior experiência que ela teve com um homem ocorreu quando Jennifer foi morar com o membro de gangue, que a expôs a atividades criminosas que ela nunca soube que existiam e a um calibre de pessoas que ela nunca conheceu.

Ela diz esse homem quase a matou quatro vezes: por asfixia, por uma faca em sua garganta, tentativa de estrangulamento e de queimá-la em um fogão.

Perda da guarda

Os pais de Jennifer provaram ser uma tábua de salvação, ela diz, permitindo que sua filha de 9 anos, Kaylie, morasse com eles enquanto Jennifer criava seu filho de 5 anos, Romeo, como mãe solteira.

Nessa vida conturbada, Jennifer adormeceu ao volante enquanto dirigia a 100 quilômetros por hora em uma rodovia com Romeo no banco de trás. Seu veículo capotou 12 vezes. Enquanto mãe e filho escaparam de ferimentos graves, os Serviços de Proteção à Criança (CPS) determinaram que Jennifer estava dirigindo sob a influência de drogas e removeram Romeo de sua casa. Os pais dela, que se tornaram pais adotivos licenciados, ficaram com as crianças por mais de um ano.

Os pais dela, Stephen e Robin, aprenderam a praticar o amor duro com Jennifer.

“Recebíamos ligações no meio da noite pedindo dinheiro”, lembra Robin. “Quando dissemos não, ela ficou desagradável e tivemos que desligar. Só esperávamos que ela sobrevivesse durante a noite.”

Perder a custódia de seus filhos levou Jennifer a um novo patamar no vício. Sua dependência de drogas se intensificou, ela teve uma overdose duas vezes e tentou o suicídio engolindo uma garrafa inteira de um analgésico noturno.

“Tudo na minha vida caiu e queimou”, lembra. “Nunca pensei que teria meus filhos de volta.”

Enquanto isso, o irmão de Jennifer, Jordan, que tinha ido para o Teen Challenge Arizona Phoenix Men's Center, pediu que sua irmã se matriculasse no centro para mulheres e crianças Home of Hope (Lar da Esperança) em Casa Grande. Jennifer disse que não tinha interesse em abrir mão de um ano de sua vida por um programa de tratamento.

Mas sua situação piorou com as gangues piorou. Um trio ameaçou matá-la por ela saber muito sobre suas operações fraudulentas. Ela não tinha controle de sua vida quando líderes de gangues confiscaram seu celular e as chaves do carro.

Brilho de esperança

Mesmo sem ter relacionamento com Deus, Jennifer fez uma oração, pedindo a Ele que a deixasse dormir. Ela duvidava se sobreviveria à noite por causa de ameaças dos membros das gangues.

Um milagre aconteceu e Jennifer acordou de uma boa noite de descanso. Ela saiu de seu apartamento, atravessou a rua correndo e ligou para sua mãe de uma loja de conveniência para buscá-la.

“Se ela estivesse em perigo real, nós sempre iríamos buscá-la”, diz Robin. Depois de se desintoxicar por duas semanas na casa de seus pais, Jennifer se mudou para o Home of Hope. A nova atmosfera provou ser energética por um motivo diferente.

“Eu pensei, isso não é real, essas pessoas são muito legais”, lembra. “Eu nunca tinha experimentado a quantidade de amor que experimentei quando cheguei lá.”

Quinze dias depois, Jennifer conta que caiu de joelhos e prometeu a Deus entregar sua vida, se Ele devolvesse seus filhos.

Três meses depois disso, ela compareceu no tribunal. Um representante argumentou que ela continuava sendo uma mãe imprópria. No entanto, um juiz devolveu os dois filhos de Jennifer e ordenou que o caso fosse encerrado – desde que ela seguisse as diretrizes do programa Desafio Adulto e Adolescente.

Assim, as crianças Kaylie e Romeo foram morar com a mãe no Home of Hope.

“Aprendi a ser pai com Jesus”, diz Jennifer, que se beneficiou de US$ 30.000 em cirurgia reconstrutiva dentária gratuita no Home of Hope.

Ao viver com membros de gangues, ela adquiriu sete acusações criminais.

“Eu fiz tudo o que eles me mandaram fazer, incluindo atividades ilegais”, lembra.

No entanto, um juiz, familiarizado com o trabalho de transformação do Desafio Jovem, ofereceu reduzir a sentença para um par de contravenções e 24 horas de prisão se ela terminasse o programa.

Passando a servir

Depois, ela se matriculou no Pima Medical Institute e tornou-se assistente médica clínica certificada, trabalhando em uma unidade de atendimento de urgência por dois anos.

Sete anos atrás, Jennifer começou a se voluntariar uma vez por semana na Home of Hope. Em seguida, quando abriu um cargo na equipe, e ela se tornou uma trabalhadora em tempo integral. Dois anos atrás, ela assumiu como diretora do centro.

“É uma honra poder servir a Deus como diretor do centro”, diz Jennifer. “Deus me restaurou aqui.”

Restauração familiar

A filha de Jennifer, Kaylie, hoje com 19 anos, agora trabalha na creche licenciada da Home of Hope. Seu filho Romeo, 16 anos, é líder de jovens na Passion Church, o órgão da Assembleia de Deus que a família frequenta em Casa Grande.

O pai de Jennifer, Stephen, parou de beber quando sua filha tinha 16 anos, mas ela não se reconciliou com ele até aceitar Cristo em um programa do Desafio Jovem, uma década depois.

Após 25 anos longe do Senhor, Stephen entregou sua vida a Jesus novamente, dois meses depois que seu filho Jordan entrou no Phoenix Men's Center. Robin seguiu um mês depois, ao testemunhar como Stephen, um eletricista, havia abandonado o álcool e os palavrões.

“Eu estava tão brava com meu pai até entrar no programa”, lembra Jennifer, que está em processo de obtenção de credenciais pela Escola de Ministério do Arizona. “Passamos pelo perdão. Meu pai é um homem de Deus incrível. Acho que não teria conseguido sem o apoio dos meus pais.”

Robin está grata por ela e Stephen terem conseguido permanecer casados ​​durante seus anos difíceis.

“Definitivamente tivemos nossas brigas”, diz Robin. “Foi bastante volátil.” Três adolescentes em casa, mais o fato de Robin trabalhar em período integral e frequentar a escola noturna para obter um diploma de bacharel, aumentaram o estresse.

Robin lembra que ela e seu marido colocaram fechaduras na porta do quarto quando estavam fora de casa porque muitos de seus pertences desapareceram, incluindo o anel de casamento de Stephen que acabou penhorado.

Agora corretora de imóveis em Maricopa, Arizona, Robin não desliga mais o telefone quando a filha liga.

“Jennifer é minha guerreira de oração”, diz Robin, 63 anos.

“Deus me amou de volta à vida e quero fazer o mesmo por outras pessoas”, diz Jennifer. “Meu coração clama e oferecemos esperança pois a vida não acabou. Se eles ainda estão respirando, ainda há oportunidade para Deus”.

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