Pastora sobrevive após ter 65% do corpo queimado em acidente: “Sou um milagre de Deus”

Meiry Rezende, de 56 anos, permaneceu hospitalizada durante 6 meses e passou por várias cirurgias.

Fonte: Guiame, com informações de Prefeitura de AraguaínaAtualizado: sexta-feira, 11 de março de 2022 às 14:57
 Meiry Rezende, de 56 anos, sofreu queimaduras graves. (Foto: Prefeitura de Araguaína).
Meiry Rezende, de 56 anos, sofreu queimaduras graves. (Foto: Prefeitura de Araguaína).

A pastora Meiry Rezende, de 56 anos, sobreviveu após ter 65% do corpo queimado em um acidente doméstico. Agora, carregando as cicatrizes do milagre, ela tem contado seu testemunho por todo o Brasil e ajudado mulheres que lutam com sua aparência e autoestima.

Em 2009, durante um almoço de família, na cidade de Araguaína, no Tocantins, Meiry sofreu graves queimaduras após acender a churrasqueira.

“Tirei a grelha e fui repor o álcool, mas ainda havia uma chama no richot. O fogo entrou dentro do galão de combustível e estourou. Eram 3,5 litros de álcool na minha mão. A cozinha ficou incendiada, eu desmaiei e tive 65% do meu corpo queimado”, contou Meiry ao site da Prefeitura de Araguaína. 

A líder foi socorrida pelo SAMU e encaminhada a um hospital especializado em queimaduras em Brasília, onde ficou 58 dias em estado grave.

“Fiquei em fase aguda, entubada, passei por várias cirurgias, quase tive o braço direito amputado por causa de uma infecção hospitalar, que estava paralisando os meus órgãos. Também tive derrame pleural e embolia pulmonar. Eu sou um milagre de Deus mesmo”, disse.

Meiry ficou hospitalizada durante 6 meses para se recuperar em Goiás, longe do esposo e dos três filhos. Com as marcas dos ferimentos, a cristã passou por uma situação constrangedora que a marcou. 

“Uma criança me viu no supermercado e se assustou. Saiu chorando e correndo para os pais. Aquela cena mexeu comigo porque fiquei preocupada em como seria para os meus filhos me verem daquela forma”, relatou.

Mas, ao retornar para casa, seus filhos agiram naturalmente e a pastora encontrou uma rede de apoio que a ajudou a superar o acidente e a aceitar sua nova aparência.

“Quando eu voltei, meu universo de mulher foi totalmente afetado, eu estava irreconhecível, além de voltar sem nenhum movimento, totalmente dependente, mas eu estava viva, recebi o amor e os cuidados da minha família e amigos que fizeram toda diferença”, declarou.

Cicatrizes que alcançam outras mulheres

Após três anos de recuperação, a pastora viajou por todo o Brasil, testemunhando seu milagre em diversas igrejas. Hoje, a alegria de estar viva a faz enxergar o propósito de Deus em seu acidente.

“Minhas cicatrizes se tornaram marcas para alcançar mulheres que sofrem com crise de identidade ou que não conseguem aceitar detalhes no corpo como varizes e estrias. Quando elas presenciam o quanto sou feliz com as minhas cicatrizes querem experimentar essa alegria também”, conclui Meiry.



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