A primeira ponte rodoviária que liga a Rússia à China — que estava em construção desde 2016 e foi concluída em maio de 2020 — foi finalmente inaugurada na última sexta-feira (10), com direito à explosão de fogos de artifício e a decoração com as bandeiras das duas nações.
A inauguração da ponte que vai aproximar e aumentar o comércio entre os dois países havia sido adiada em 2020 por causa das restrições da pandemia por Covid-19.
A ponte com um pouco mais de 1 quilômetro de extensão e 2 faixas de circulação liga a cidade russa de Blagoveshchensk à cidade chinesa de Heihe, através do rio Amur — conhecido na China como Heilongjiang.
O projeto faz parte de um acordo de 1995 e custou 19 bilhões de rublos (R$ 1,6 bilhão). A parte russa foi responsável por 14 bilhões do investimento, conforme o G1.
Sobre a aliança entre China e Rússia
A nova ponte transfronteiriça no Extremo Oriente visa o impulsionamento do comércio enquanto Moscou se recupera das amplas sanções ocidentais impostas por suas ações na Ucrânia.
Conforme a imprensa russa, "630 caminhões, 164 ônibus e 68 veículos leves poderão utilizar diariamente a ponte, destinada exclusivamente ao transporte de mercadores”, informou ainda o G1.
As autoridades russas disseram que a ponte aproximará Moscou e Pequim ao impulsionar o comércio depois que anunciaram uma parceria “sem limites” em fevereiro, pouco antes de o presidente Vladimir Putin enviar suas forças para a Ucrânia.
“Significado simbólico especial”
“No mundo dividido de hoje, a ponte Blagoveshchensk-Heihe entre a Rússia e a China carrega um significado simbólico especial”, disse Yuri Trutnev, representante do Kremlin no Extremo Oriente russo.
A China quer apertar os laços com a Rússia em todas as áreas, disse o vice-primeiro-ministro chinês Hu Chunhua na abertura, conforme o Jerusalem Post.
O ministro dos Transportes da Rússia, Vitaly Savelyev, disse que a ponte ajudaria a aumentar o comércio bilateral anual para mais de 1 milhão de toneladas de mercadorias.
Laços que vão além do comércio bilateral
A Rússia disse que espera que os fluxos de commodities com a China cresçam e que o comércio com Pequim atinja 200 bilhões de dólares até 2024.
Vale ressaltar que a China é um grande comprador de recursos naturais e produtos agrícolas russos.
Além do comércio, a amizade entre os dois países fez com que a China não condenasse a Rússia e ainda criticasse as sanções ocidentais ao país por atacar a Ucrânia.
E já é evidente que China e Rússia realizam manobras militares juntos. Em agosto do ano passado, eles fizeram exercícios de grande escala na China, envolvendo mais de 10 mil soldados.
E, no mês de maio, as forças armadas das duas nações realizaram um exercício militar que durou 13 horas. Uma patrulha aérea aconteceu no Mar do Japão, no Mar da China Oriental e no Pacífico Ocidental, segundo o site do Ministério de Defesa da China, envolvendo bombardeios estratégicos russos Tu-95 e chineses Xian H-6.
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