“Legalizar o aborto é aprovar assassinato dentro do ventre”, diz pastor

Após Colômbia legalizar aborto até 24 semanas, Paulo Junior defende que a vida começa na concepção e que abortar é assassinar inocentes.

Fonte: Guiame, Cris BeloniAtualizado: quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022 às 18:16
Pastor Paulo Junior. (Foto: Captura de tela/YouTube Defesa do Evangelho Oficial)
Pastor Paulo Junior. (Foto: Captura de tela/YouTube Defesa do Evangelho Oficial)

Através de seu canal no YouTube “Defesa do Evangelho Oficial”, o pastor Paulo Junior, da Igreja Aliança do Calvário, criticou a decisão do Tribunal da Colômbia, que legalizou o aborto até 24 semanas

“Não precisamos mais discutir quando começa a vida. A Ciência diz que é no ato da concepção”, disse ao comentar que a aprovação do aborto é uma “demonstração da degradação moral da nossa sociedade”. 

“Quando uma lei dessa é aprovada, ela contribui muito para a promiscuidade, irresponsabilidade sexual e sexo inseguro”, disse ainda.

“Demonstração do horror do coração humano”

Ao citar os tempos atuais, o pastor disse que “estamos sendo bombardeados de notícias ruins” e que “não tem nada de novo, tudo já era esperado”. 

“O que estamos vendo é uma demonstração do horror do coração humano sendo manifestado em obras”, apontou citando não só o aborto, mas a corrupção, a maldade, os crimes, a violência e o ódio.

“É no coração do ser humano que tudo isso está abrigado e só tem um remédio para isso — o Evangelho de Cristo. Os temas podem ser diferentes, mas a resposta sempre será a mesma”, disse ao apontar para a necessidade de transformação através da Bíblia.

De onde surgem essas leis

Ao se referir à lei que aprovou o aborto na Colômbia já em gestação avançada, com cerca de 5 meses, o pastor questionou: “De onde surgem essas leis? De onde vem essas ideias? Por que elas chegam onde chegam?”.

“Essas leis e ideias vêm de homens de corações corruptos, perversos e inclinados para o mal. O coração do ser humano está depravado”, respondeu.

“Eu sei que, como cidadãos da terra, devemos exigir nossos direitos, protestar e até impor nosso ponto de vista, mas o melhor remédio ainda é o Evangelho de Cristo. Vamos lutar com as armas naturais que Deus nos deu”, mencionou.

“Nós temos as armas espirituais — vamos orar pelas nações, governantes e lideranças. Vamos pregar o Evangelho por todos os meios de comunicação e enviar missionários”, enfatizou.

“Que Deus tenha misericórdia dessa gente”

“Que o Evangelho chegue até esses ouvidos e corações para que as pessoas sejam transformadas. Por isso, se concentre em dobrar os joelhos, em pregar o Evangelho ou em enviar aquele que pode pregar”, continuou.

“Que o mal seja refreado, que os inocentes sejam poupados e que Deus seja glorificado. Que Deus tenha misericórdia dessa gente”, resumiu e finalizou seu vídeo com um texto bíblico.

“Os teus olhos viram o meu embrião; todos os dias determinados para mim foram escritos no teu livro antes de qualquer deles existir”. (Salmos 139.16)

Sobre a legalização do aborto na Colômbia

O Tribunal Constitucional da Colômbia votou na segunda-feira (21) pela legalização do aborto até a 24ª semana de gravidez, expandindo o acesso ao procedimento na América Latina.

“Estávamos tentando obter a descriminalização completa do aborto. Mas, ainda é um passo histórico”, disse Cristina Rosero, advogada do Center for Reproductive Rights, com sede em Nova York, uma das cinco organizações que entraram com uma ação em 2020 para que o tribunal superior revisasse as leis do aborto na Colômbia. 

Vale lembrar aqui que, com 24 semanas de gestação, cerca de 40% dos bebês prematuros sobrevivem, de acordo com a presidente da seção de neonatologia da Sociedade Portuguesa de Pediatria.

Outros países da América Latina, como Argentina, Uruguai e Cuba, também permitem abortos sem restrições até certos estágios da gravidez. No México, após uma recente decisão da Suprema Corte, as mulheres não podem ser julgadas em tribunais por interromperem a gravidez.

Já alguns países como El Salvador, Nicarágua, Honduras e República Dominicana proíbem a interrupção da gravidez sem exceção. No Brasil, o aborto induzido é crime penalizado com detenção de 1 a 3 anos, havendo permissão judicial com apenas três excessões e até 12 semanas: para salvar a vida da mãe, em caso de estupro ou bebê anencéfalo.

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