A avó de três das cinco crianças atropeladas em Ceilândia, no Distrito Federal, atribuiu a Deus a alta recebida pelas meninas, que aconteceu nesta segunda-feira (13/6).
Glória Cheila Pereira disse que elas tiveram ajuda de muitos amigos e conhecidos com a doação de cadeiras de rodas e de várias igrejas com orações.
"Ganhamos as cadeiras de rodas das meninas e a cadeira de banho. Todos têm ajudado muito. Principalmente nas orações para que elas ficassem bem. Não tenho dúvidas de que foi Deus que permitiu que elas saíssem todas vivas. Havia muita oração em várias igrejas por elas", disse em entrevista ao Correio Braziliense.
Ana Júlia, 7 anos, Bruna Raquel, 6, e Sofia Valentina, 4, ficaram internadas no Hospital de Base e no Hospital de Ceilândia 22 dias.
"Estamos todos felizes. Agora elas vão continuar o atendimento no hospital, voltando para os especialistas e se recuperando", disse a avó das meninas.
Ao chegar no Instituto “Abraçando Vidas”, ainda em cadeira de rodas, Ana Júlia foi recebida com emoção pelos alunos que participam com ela de aulas de karatê.
‘Milagre’
Maria Eduarda da Silva Moura, de 10 anos, foi a primeira das cinco a receber alta hospitalar em 23 de maio.
A mãe da menina, a diarista Francisca Silva, 35, disse ao Correio Braziliense que a rápida recuperação da filha foi um "milagre".
"É um alívio ver que ela está bem e em casa. Ela não teve ferimentos graves, somente alguns hematomas. Mas, pela gravidade do acidente, é um milagre", contou.
O atropelamento
As cinco crianças foram atropeladas em 22 de maio, por Francisco Manoel da Silva, 53 anos. Em exame no Instituto Médico Legal (IML), foi constatada a embriaguez do motorista. Ele também estava sem a carteira de habilitação.
"Ele (o motorista) precisa ficar detido. Foram cinco vidas que ele quase destruiu, de cinco crianças. E elas ainda se lembram do que aconteceu", disse a avó das meninas.
Ana Júlia diz que se lembra do dia do acidente. "Era um carro branco. Estávamos na calçada", diz brevemente.
Glória complementa que as crianças iam atravessar na faixa de pedestre quando foram atingidas pelo motorista bêbado. Todas contam a mesma versão, de que estavam na calçada.
Após atropelar as meninas, o motorista tentou fugir do local e policiais militares tiveram que conter a população, que diante das crianças feridas, tentaram linchar o homem.
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