‘Líder muito ativa na congregação’, diz pastor sobre jovem bilionária assassinada nos EUA

Eliza Fletcher foi sequestrada enquanto corrida no bairro onde morava e assassinada por homem que saiu da prisão em 2020.

Fonte: Guiame, com informações do G1 e Christian HeadlinesAtualizado: sexta-feira, 9 de setembro de 2022 às 13:00
Eliza Fletcher foi sequestrada e assassinada nos EUA. (Foto: Reprodução/Twitter/Second Presbyterian)
Eliza Fletcher foi sequestrada e assassinada nos EUA. (Foto: Reprodução/Twitter/Second Presbyterian)

O desaparecimento e posterior notícia de assassinato de Eliza Fletcher chocou os EUA, particularmente a cidade de Memphis, no Tennessee, onde ela vivia e trabalhava como professora.

Herdeira de um bilionário americano, Fletcher levava uma vida discreta e simples, lecionando em um jardim de infância de escola cristã.

O desaparecimento de Fletcher, que tinha 34 anos, aconteceu por volta das 4h30 da manhã da última sexta-feira (2 de setembro) enquanto fazia jogging – atividade física que ela praticava diariamente em seu bairro – perto do campus da Universidade de Memphis.

Na segunda-feira (05/09), o corpo de Fletcher foi encontrado nos fundos de um apartamento duplex vazio perto da área onde costumava correr.

A polícia prendeu Cleotha Abston Henderson, de 38 anos, acusado em primeiro grau de assassinato premeditado e perpetração de sequestro.

Cleotha Abston foi presa em conexão com o sequestro de Eliza. (Foto: Departamento de Correções do Tennessee)

Fletcher era membro da Igreja Presbiteriana, que está de luto pela perda da jovem esposa, mãe de dois filhos e professora de jardim de infância.

De acordo com os líderes da Igreja, seu marido, Richard, chamou a polícia quando a esposa não voltou para casa. Após uma longa e intensa busca, o corpo de Fletcher foi encontrado.

De acordo com o Commercial Appeal, Henderson foi libertado da prisão em 2020 depois de cumprir quase duas décadas por sequestro.

Pedido de orações

Após o corpo de Fletcher, a Segunda Igreja Presbiteriana em Memphis, onde ela congregava pediu orações por sua família e pela comunidade de Memphis.

"Estamos de luto pela perda de uma querida membro da igreja, Liza Fletcher. Por favor, ore por sua família e pela comunidade de Memphis. Estamos buscando abrigo no Pai de misericórdias e no Deus de todo conforto cujo Filho é a bendita esperança da ressurreição e no Grande Dia nos curará e ao nosso mundo", escreveu a igreja na terça-feira no Twitter.

Assim que a notícia sobre o sequestro de Fletcher foi divulgada, a igreja abriu suas portas para orações, e um solista cantou o hino "Dear Refuge of My Weary Soul". A música também foi transmitida ao vivo no Facebook.

O pastor sênior da igreja, George Robertson, disse aos repórteres que eles estavam esperançosos, mas realistas sobre o resultado da busca.

"Nós não somos polianas", disse ele. "Mas estamos orando por misericórdia, e acho que essa é a oração. A oração é principalmente por misericórdia."

‘Líder ativa na congregação’

O pastor descreveu Fletcher e Richard como "líderes muito ativos e grandes em nossa congregação".

Ambos são "inspirações no sentido de seu entusiasmo pela vida e amor pela corrida e atletismo", continuou o pastor. "Mas o mais importante neste momento é que eles têm uma confiança muito profunda em Cristo, em quem se apoiaram ao longo de suas vidas e que causou um impacto realmente significativo em cada um deles pessoalmente. Essa é a confiança de Ritchie agora".

Eliza e seu marido Richard, juntos com os filhos. (Foto: Reprodução/Lovebylife/Instagram)

Fletcher, formada pelas universidades Baylor e Belmont, era neta de Joseph “Joe” Orgill III, empresário e filantropo bilionário local. A Orgill Inc foi listada como a 143ª maior empresa privada do país, que faturou US$ 3,2 bilhões em receita no ano passado.

“Sim, ele pode ter vindo de um ponto de privilégio, mas isso não significa que Joe não acredita na igualdade [entre as pessoas]”, disse o Dr. Scott Morris, CEO da Church Health – serviço de saúde baseado na fé sem fins lucrativos – após a morte de Orgill em março de 2018.

O avô de Eliza, Joe Orgill III, empresário e filantropo bilionário americano. (Foto: Orgill Inc.)

“E foi impulsionado por sua posição de fé. Ele fez um devocional diário com ele e sua esposa.”

Homenagens

A Escola Episcopal de Santa Maria, onde ela lecionou, divulgou um comunicado na terça-feira após a notícia de sua morte.

“Estamos com o coração partido pela perda de nossa amada professora, colega e amiga Liza Fletcher”, dizia o comunicado. “Nossos corações estão com as famílias Fletcher, Orgill e Wellford”.

“Esta manhã, nossos professores e funcionários começaram o dia na capela. Acendemos velas para lembrar de Liza que era uma luz brilhante em nossa comunidade.”

“Liza encarnou a música que cantamos toda semana na capela da Primeira Infância: 'Essa minha luzinha, vou deixar brilhar'”.

Fletcher recebeu centenas de homenagens pelas mídias sociais, junto com pedidos de segurança para quem, como ela, madrugava para praticar sua corrida.

Praticantes de atividades esportivas homenageiam Eliza Fletcher. (Foto: Instagram/leslie.r.nicole)

Mais de 3.000 pessoas se reunirão nesta sexta-feira para um evento especial denominado "Finalize a corrida de Eliza", onde eles completarão a rota de 13 quilômetros que Fletcher normalmente percorreria.

De acordo com a descrição do evento no Facebook, os participantes “defenderão as mulheres do Centro-Sul e enfatizarão que as mulheres devem poder correr com segurança a qualquer hora do dia”.

 

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