O Templo Satânico (TST) anunciou a abertura de uma clínica de aborto no Novo México, EUA, para fornecer “aborto gratuito com medicamentos religiosos”.
O nome “Clínica Satânica de Aborto da Mãe de Samuel Alito” foi dado como forma de zombar do juiz da Suprema Corte, Samuel Alito, que anulou a lei Roe v. Wade — que protegia o direito ao aborto sem nenhum tipo de restrição governamental.
Essa lei pró-aborto dividiu grande parte do país americano desencadeando movimentos pró-vida e despertando pessoas a defenderem os direitos dos nascituros — seres humanos concebidos, mas ainda não nascidos.
O TST Health, que é o novo braço de “serviços médicos” do Templo Satânico vai realizar exames e consultas de telessaúde para fornecer pílulas abortivas às pacientes.
Os “serviços” serão gratuitos e fazem parte do “Ritual de Aborto” do Templo. Os medicamentos serão pagos pelas grávidas que querem abortar seus bebês e serão adquiridos em farmácias. De acordo com a Fox News, os remédios abortivos custam em média 90 dólares (equivalente a 460 reais).
Qual o preço da vida?
Para os satanistas, membros do TST, a vida no útero não é estimada. O que vale é a “autonomia corporal” e o compromisso em “garantir os direitos civis de todos aqueles que se declaram satanistas”.
Lembrando que a organização satânica insiste em dizer que “não cultua satanás” e que seus seguidores não acreditam no “diabo literal”.
Quando o TST pediu ao governo americano “exceção religiosa” para realizar abortos, em maio de 2022, através de uma ação, seus fundadores pediram “acesso irrestrito aos medicamentos abortivos”, conforme o Guiame publicou.
Eles também pediram a realização do “Ritual de Aborto” sem nenhum tipo de interferência do governo. O ritual, segundo o site do TST, envolve a recitação de dois de seus princípios e uma afirmação pessoal que está “cerimoniosamente entrelaçada" com o aborto.
Solicitação do aborto na clínica satânica
Na clínica que foi instalada no Novo México, haverá uma equipe médica licenciada que atenderá os residentes do Estado com pelo menos 17 anos de idade e até 11 semanas de gravidez.
“Em 1950, a mãe de Samuel Alito não tinha opções, e veja o que aconteceu”, disse Malcolm Jarry, um dos fundadores do TST, zombando do juiz conservador.
“Antes de 1973, os médicos que realizavam abortos podiam perder suas licenças e ir para a cadeia. O nome da clínica serve para lembrar às pessoas o quão importante é ter o direito de controlar o próprio corpo e as possíveis ramificações de perder esse direito”, continuou ao defender a “cultura da morte”.
O Templo Satânico foi fundado por Jarry e Lucien Graves, em 2013, que buscaram receber benefícios e privilégios do governo como uma organização religiosa, dizendo “não crer em nenhuma divindade”.
Indignação de pais e mães
Famílias dos EUA ficaram indignadas quando o TST iniciou seus “clubes satânicos” após a escola, com a instalação de estátuas de Baphomet em exibições de feriados públicos.
Além de desafiar as proibições estaduais de aborto, os satanistas buscam influenciar as crianças e tentam convencer os adultos sobre “seus atos de restauração da Liberdade Religiosa do Estado.
Seus fundadores disseram que pretendem expandir suas operações de aborto para outros Estados como parte de sua campanha para “reivindicar o aborto como um sacramento religioso protegido pela Primeira Emenda e pela lei federal”.
“O TST tem orgulho de expandir as opções reprodutivas para nossos membros. Isso é apenas o começo. Permaneceremos firmes enquanto continuamos a luta para defender a justiça reprodutiva nos Estados Unidos”, disse Erin Helian, diretora executiva de campanhas.
‘A influência demoníaca está cada vez mais aparente'
“Estamos rastreando essas pessoas há alguns anos”, disse Dave Kubal, CEO da Intercessors for America — uma organização que conta com meio milhão de guerreiros de oração.
Os intercessores dizem que o Templo está “usando o sobrenatural” para manipular as pessoas, embora se apresente como um grupo não-teísta que não acredita no sobrenatural.
O ex-satanista John Ramirez alertou que os satanistas construíram templos em várias cidades “para que demônios e espíritos possam trabalhar na atmosfera dessas regiões e levar pessoas à destruição”.
Para ele, a influência demoníaca está se tornando cada vez mais aparente na cultura americana: “Fazemos Sodoma e Gomorra parecer um jardim de infância. Estamos mais sombrios a cada minuto. Esta sociedade perdeu sua consciência do que é certo e errado”, ele apontou.
“Nós nem nos envergonhamos mais disso. O que quer que pareça certo aos olhos das pessoas, é o que elas fazem”, concluiu ao definir a atual cultura.
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